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Depois da “guerra comercial”, corte de relações entre Google e Huawei pode abrir caminho a uma “guerra tecnológica”

EUA têm abertas várias frentes de tensão internacional, sobretudo com a China. Primeiro, pela tensão comercial norte-americanos e chineses vivem momentos de conflitualidade a que acresce, agora, o boicote da administração à Huawei. Tal poderá abrir precedente para um “guerra tecnológica”. E se a China boicotar a Apple, que vê naquele país o seus segundo maior mercado de vendas.
21 Maio 2019, 07h33

A administração Trump tem duas grandes frentes de tensão abertas com a China, concretamente a guerra comercial cujo fim Washington e Pequim ainda negoceiam, apesar de a Casa Branca ter este mês imposto um aumento das taxas alfandegárias de 10% para 25% sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares (178 mil milhões de euros) de bens importados da China, e, no rescaldo de uma nova ordem governamental que coloca a Huawei numa lista “negra”, abriu o precedente para uma “guerra tecnológica“.

A semana começou com diversas empresas tecnológicas norte-americanas a anunciarem o congelamento do fornecimento de componentes e serviços à chinesa Huawei, depois de a administração Trump ter emitido uma nova ordem executiva que impede empresas dos EUA de venderem tecnologia a empresas chinesas. A medida visava sobretudo a Huawei, que acabou colocada na chamada Lista de Entidades do Departamento de Comércio, o que implica que as empresas dos EUA tenham de requerer licença para negociar com a Huawei.

O presidente norte-americano, Donald Trump, evocou mesmo o estado de “emergência nacional” para justificar a medida, cujo objetivo é defender o setor das telecomunicações norte-americano, quando o 5G está prestes a chegar ao ponto ideal para ser comercializado.

Consequência dessa nova medida, Intel, Qualcomm, Xilinx e Broadcom e a Google já decidiram cortar no fornecimento de componentes e serviços à Huawei. A empresa tecnológica garante estar preparada para qualquer cenário, mas a atitude de Trump e destas empresas podem abrir um precendente para uma futura guerra tecnológica.

Isto é, da mesma forma que a Huawei vê no mercado externo (fora da China) a sua maior fonte de rendibilidade na venda dos seus produtos, por exemplo, a gigante Apple tem na China o seu maior externo.De acordo com o “BuzzFeed News”, os cidadãos chineses estão a organizar-se através das redes sociais para deixarem de comprar iPhone (fabricado pela Apple) e adquirirem o telefone equivalente da Huawei.

“As funcionalidades da Huawei são comparáveis ​​ou até melhores do que no iPhone da Apple, temos uma boa alternativa, porque continuamos a usar a Apple?”, disse um dos cidadãos chineses ao boicote através da rede social Weibo, citado pelo “El Economista”. O jornal espanhol escreveu mesmo que a Apple receia um boicote da China, em resposta ao que aconteceu com a Huawei nos EUA.

O mercado chinês é particularmente importante para a Apple dado que, depois dos Estados Unidos, é o segundo país no qual mais iPhone são vendidos.

 

https://jornaleconomico.pt/noticias/respostas-rapidas-conflito-com-a-google-afeta-o-meu-telemovel-da-huawei-446723

 

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