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Depois da tempestade, a volatilidade. Wall Street tem melhor dia em 15 meses

Os principais índices acionistas norte-americanos fecharam no verde, depois de uma sessão marcada por muita volatilidade. Após a ‘segunda-feira negra’, as ações respiram fundo e o dólar desvaloriza face ao euro.
  • Andrew Kelly/Reuters
6 Fevereiro 2018, 21h11

O sentimento é de alívio entre as principais bolsas norte-americanas. A volatilidade marcou a sessão desta terça-feira, com os índices a dançarem entre o verde e o vermelho várias vezes. No fim, foram os ganhos que prevaleceram e o Dow Jones acabou por subir mais de 2%, numa recuperação do tombo de 4,6% na ‘segunda-feira negra’, que lhe deu a melhor sessão desde outubro de 2016.

“Está a ser um período louco e hoje o mercado esteve provavelmente a tentar encontrar o pé”, explicou o estrategista-chefe de investimento da LPL Financial in Charlotte, John Lynch, em declarações à Reuters.

O índice industrial Dow Jones fechou a subir 2,33% para 24.912,77 pontos, tendo registado uma diferença de mais de mil pontos entre o mínimo e o máximo intraday. O financeiro S&P 500 ganhou 1,45% para 2.687,47 pontos e o tecnológico Nasdaq avançou 2,13% para 7.115,88 pontos.

As bolsas respiram assim de alívio depois da sessão de segunda-feira, em que o Dow Jones teve a pior sessão desde 2011, o S&P 500 perdeu 4,1% e Nasdaq 3,78%.

O índice VIX, que mede a volatilidade das opções sobre ações do S&P 500, chegou a tocar máximos nos 30,30 pontos, tendo já ultrapassado os 31 pontos, valor que não tocava desde agosto de 2015.

As subidas no valor das ações desde 2009 têm sido impulsionadas pela política monetária expansionista da Reserva Federal dos EUA e, mais recentemente, pelas políticas de Donald Trump (com o corte nos impostos para as empresas e expetativas de um mega investimento público em infra-estruturas). No entanto, a normalização e subidas nos federal funds rates para níveis pré-crise criou stress no mercado.

No mercado cambial, o dólar desvaloriza face ao euro (0,07% para 0,807 euros), mas aprecia contra as moedas britânica (0,08% para 0,716 libras) e japonesa (0,44% para 109,570 ienes). As yields das Treasuries a 10 anos negoceiam nos 2,79%.

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