Depois do ‘shutdown’, foco de Wall Street passa para os acordos comerciais
As principais bolsas norte-americanas abriram esta terça-feira praticamente inalteradas. Os três dias de paralisação do Governo dos Estados Unidos chegou ao fim esta segunda-feira, depois de ter sido alcançado um acordo orçamental provisório entre republicanos e democratas, mas a possibilidade de alterações nos acordos comerciais nos EUA está a preocupar os mercados.
Em Wall Street, o índice industrial Dow Jones desliza 0,01% para 26.212,22 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 ganha 0,04% para 2.834,23 pontos e o tecnológico Nasdaq sobe 0,40% para 7.437,29 pontos, depois de as principais bolsas norte-americanas terem tocado máximos no fecho da sessão de segunda-feira.
No mercado cambial, o dólar deprecia-se face às pares europeia (0,07% para 0,815 euros) e japonesa (0,41% para 110,470 ienes), mas valoriza contra a divisa britânica (0,05% para 0,715 libras). Os juros da dívida norte-americana a 10 anos continuam próximos de máximos de três anos, a negociar nos 2,62%.
Donald Trump agravou as tarifas sobre as importações, levando a preocupações de eventuais retaliações por parte de outros países. A Coreia do Sul e a China já se manifestaram contra as medidas protecionistas.
“Não sabemos se poderá ser o início de algo maior ou se poderá escalar para uma guerra comercial”, afirmou o estrategista chefe da B. Riley FBR, Art Hogan, em declarações à agência Reuters. Hogan sublinhou ainda os receios que os EUA abandonem Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), cujo futuro continua incerto enquanto não terminarem as negociações entre os EUA, Canadá e México.
Além das questões comerciais, os mercados norte-americanos vão estar essa semana especialmente atentos ao encontro do Fórum Económico Mundial, que começou esta terça-feira em Davos, na Suíça. Trump discursa na sexta-feira e a principal expetativa é que fale sobre protecionismo.
