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“Desejo-lhe o maior sucesso”. Centeno dá os parabéns a Georgieva

“Congratulo Kristalina Georgieva pelo resultado nas votações de hoje. Desejo-lhe o maior sucesso”, escreveu Jeroen Dijsselbloem, antigo presidente do Eurogrupo na sua conta na rede social Twitter, assumindo assim a derrota na disputa pela designação como candidato europeu à sucessão da francesa Christine Lagarde.
  • José Sena Goulão/Lusa
2 Agosto 2019, 22h01

O ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, parabenizou hoje a búlgara Kristalina Georgieva por ter sido escolhida como candidata europeia à liderança do Fundo Monetário Internacional, antes de a sua designação ter sido oficialmente confirmada.

Antes mesmo de os ministros das Finanças europeus, reunidos em conferência telefónica, confirmarem oficialmente a designação de Kristalina Georgieva como candidata europeia à sucessão da francesa Christine Lagarde, Mário Centeno congratulou a búlgara numa publicação na sua conta na rede social Twitter.

“Face às crescentes tensões globais, é imperativo defender o FMI como símbolo do multilateralismo e da cooperação internacional”, sublinhou o governante português, que na quinta-feira retirou o seu nome da votação para ser o candidato europeu.

A búlgara Kristalina Georgieva deverá ser a candidata europeia à liderança do Fundo Monetário Internacional (FMI), depois de o holandês Jeroen Dijsselbloem ter reunido menos apoios dos Estados-membros da União Europeia e ter reconhecido a derrota.

“Congratulo Kristalina Georgieva pelo resultado nas votações de hoje. Desejo-lhe o maior sucesso”, escreveu Jeroen Dijsselbloem, antigo presidente do Eurogrupo na sua conta na rede social Twitter, assumindo assim a derrota na disputa pela designação como candidato europeu à sucessão da francesa Christine Lagarde.

A aceitação da votação por parte do holandês deixa a antiga vice-presidente da Comissão Europeia muito perto de se tornar na candidata europeia à liderança do FMI, uma designação que terá agora de ser confirmada pelos ministros das Finanças europeus, numa conferência telefónica a decorrer neste momento.

Antes da publicação de Dijsselbloem, já fonte europeia tinha revelado que a atual número dois do Banco Mundial estava “claramente” na liderança, embora sem ter reunido uma maioria qualificada na votação.

“Os resultados da segunda votação foram muito claros em ambos os critérios e colocam Georgieva claramente à frente, com 57% no critério populacional e 56% no critério do apoio dos Estados-membros. Já Djesselbloem tem, respetivamente, 43% e 44% nos mesmos critérios, o que torna a diferença substancial”, notou a mesma fonte.

O ministério das Finanças francês, tutelado por Bruno Le Maire, o coordenador do processo de escolha de um candidato na União Europeia (UE), tinha indicado que a votação iria decorrer “segundo as regras europeias de maioria qualificada”, que estipulam que o eleito tem de recolher o apoio de 55% dos países-membros representando pelo menos 65% da população da UE.

A mesma fonte europeia esclareceu, contudo, que “nunca se tratou de alcançar uma maioria qualificada”, mas, sim, de “usar os critérios do método da maioria qualificada” estabelecidos nos tratados comunitários.

A votação para a designação do candidato europeu começou cerca das 07:00 em Lisboa, com o processo a estender-se por quase 13 horas.

Após uma primeira votação em que nenhum candidato reuniu o apoio maioritário dos governos dos Estados-membros, a ministra espanhola da Economia, Nadia Calviño, e o governador do banco central finlandês, Olli Rehn, retiraram as suas candidaturas para facilitar um consenso, o mesmo argumento oferecido na quinta-feira pelo ministro das Finanças português para abdicar de colocar o seu nome a votos.

A disputa ficou, assim, reduzida a Kristalina Georgieva e ao antigo presidente do Eurogrupo, com a búlgara a reunir mais apoios entre os Estados-membros.

Desde a sua criação, em 1944, aquela instituição foi sempre dirigida por um europeu, enquanto o Banco Mundial foi sempre liderado por um americano.

Lagarde, a primeira mulher a liderar o FMI, deixa o cargo para substituir Mario Draghi como presidente do Banco Central Europeu (BCE).

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