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Desemprego no sector da construção está a descer e o investimento a subir

O número de desempregados da construção inscritos nos centros de emprego diminuiu 26% em março face ao mesmo mês de 2017 (-12 mil inscritos oriundos da construção).
4 Junho 2018, 14h09

O setor da construção e obras públicas em Portugal tem registado diversos sinais positivos, nos últimos meses, de acordo com a análise de conjuntura divulgada esta segunda-feira, dia 4 de junho, pela Fepicop – Federação Portuguesa da Indústria da construção e das Obras Públicas.

“Segundo os dados divulgados pelo INE [Instituto Nacional de Estatística], o emprego da construção atingiu os 303,9 mil trabalhadores ao longo dos três primeiros meses de 2018,  mais 0,1% do que em igual período de 2017. Neste período, o emprego total da economia cresceu 3,2% em termos homólogos, enquanto a taxa de desemprego desceu para os 7,9%, um nível francamente inferior aos 10,1% apurados no período homólogo de 2017, ou seja, menos 114 mil pessoas desempregadas num espaço de um ano”, destaca o comunicado da Fepicop.

De acordo com esse documento, “parte deste número corresponderá a trabalhadores da construção, dado que, com base nos valores divulgados pelo IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional), o número de desempregados da construção inscritos nos centros de emprego diminuiu 26% em março face ao mesmo mês de 2017 (-12 mil inscritos oriundos da construção)”.

“De igual modo, os valores das contas nacionais trimestrais relativos ao primeiro trimestre de 2018 apontam para um crescimento homólogo de 2,3% do investimento em construção e de 0,8% do VAB (Valor Acrescentado Bruto) do setor em termos reais”, acrescenta o referido comunicado.

A Fepicop sublinha ainda que o consumo de cimento cresceu 1,9% até ao final de abril, indiciando igualmente um aumento da atividade do setor.

“Também a análise por segmentos de atividade permite concluir que tanto a construção de edifícios como os trabalhos de engenharia civil evoluíram favoravelmente. O número de fogos habitacionais licenciados ao longo dos primeiros três meses do ano ultrapassou os 4,2 mil, representando um crescimento homólogo de 21,1%, enquanto, em termos de área licenciada, a variação homóloga foi superior a 22%”.

Já no que respeita à área licenciada em edifícios não residenciais, “o crescimento foi igualmente expressivo (variação de 21,3% e uma área total licenciada em redor dos 730 mil metros quadrados)”.

“O principal destino desta área licenciada foram os edifícios industriais, que representaram 41% da área total, crescendo 40,6% em termos homólogos, a variação mais intensa de entre os diversos destinos”, adianta a Fepicop.

A organização máxima representativas das associações nacionais do sector empresarial da construção e das obras públicas observa ainda que “os valores do mercado das obras públicas conhecidos até abril evidenciam uma progressão positiva e permitem antecipar um crescimento da produção dos trabalhos de engenharia civil a realizar no futuro próximo”.

“Deste modo, é de destacar o crescimento homólogo de 13,4% no valor dos contratos de empreitada celebrados até final de abril, atingindo um montante total superior a 411 milhões de euros, a par de um crescimento mais moderado (0,2%) no valor dos anúncios publicados, cujo montante total ultrapassou os 841 milhões de euros”, conclui o comunicado da Fepicop.

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