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Despesas de saúde em Portugal representam 9% do PIB

Em 2017, Portugal era o 10º país da União Europeia em que a percentagem de despesas em saúde no total do Produto Interno Bruto era mais elevada. Celebra-se esta terça-feira o Dia Mundial da Saúde.
7 Abril 2020, 00h01

As despesas de saúde em Portugal representam 9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Em 2017, dos 26 países da União Europeia com dados disponíveis – sem contar com a Polónia – Portugal era o 10º Estado-membro em que a percentagem de gastos na saúde no total do PIB era mais elevada, segundo os dados da Pordata.

É sobretudo o setor público a financiar a saúde em Portugal, tendo em conta que foram gastos 18,3 mil milhões de euros nesta área em 2018, mas a maioria (66%) adveio de financiamento das Administrações Públicas e o restante dos privados, sobretudo famílias (27%).

O portal reuniu uma série de indicadores estatísticos – com o Eurostat, INE, OCDE, Ministério das Finanças, entre outras instituições – a propósito do Dia Mundial da Saúde, que se comemora esta terça-feira, sob o patrocínio da Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma das conclusões a que se chegou é que, em 2018, as despesas do Estado em saúde representaram 4,4% do PIB, o que representa o valor mais baixo desde 2004.

Os números provisórios apontam para que quase 43% da despesa corrente em cuidados de saúde em 2017 tenha sido gasta nos hospitais, 27,5% nas unidades de cuidados de saúde em ambulatório e 18,8% na venda a retalho e outros fornecedores de bens médicos (maioritariamente medicamentos).

Já as famílias alocam 5% do total das despesas de consumo para a saúde. Ou seja, por cada 100 euros gastos por agregado familiar 5 euros são para consultas médicas, medicamentos, tratamentos, entre outros. É uma percentagem que tem se tem mantido sem grandes oscilações desde 1995, mas é das mais elevadas no bloco comunitário – encabeçado pela Eslováquia, onde a proporção é de 6,6% em 2018.

“Em 2018, a maioria da população residente (58%) tem 40 ou mais anos. Nasceu, portanto, até ao início dos anos 70, num país que assistiu a várias revoluções, nomeadamente na área da saúde. Importa lembrar a este propósito que, por exemplo, a probabilidade de ultrapassar com sucesso a terrível barreira do primeiro ano de vida aumentou significativamente e que se passou a nascer em condições de muito maior segurança, facto para o qual muito contribui o controlo das doenças infeciosas”, refere a Fundação Francisco Manuel dos Santos, a instituição por trás da Pordata.

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