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Deutsche Bank arrisca perda de 60 milhões de dólares

O negócio que utilizou produtos relacionados com inflação dos Estados Unidos da América poderá custar milhões de dólares à instituição financeira alemã.
28 Junho 2017, 09h50

O maior banco da Alemanha, Deutsche Bank, que está a tentar reformular a forma como gere os seus riscos, apostou na inflação dos Estados Unidos da América que poderá custar à instituição financeira uma perda até 60 milhões de dólares (cerca de 52 milhões de euros), de acordo com especialistas na área contactados pela Bloomberg.

Ao que a agência noticiosa apurou, junto de peritos que pediram para não serem identificados, o negócio em causa utilizou produtos vinculados à inflação norte-americana e a entidade bancária de Frankfurt tem estado a avaliar se os negociantes do Deutsche Bank violaram ou não os limites de risco na operação. O caso foi até encaminhado para o conselho de supervisão do banco.

“Se é verdade que este negócio poderá causar uma perda deste tipo no Deutsche Bank, então isso seria um recuo claro nos esforços de John Cryan [diretor executivo] no sentido de desenvolver as regulamentações”, afirmou Michael Seufert, analista do NordLB, que tem uma recomendação de venda. Quanto a estas últimas informações, um funcionário do Deutsche Bank na cidade de Nova Iorque não fez comentários.

No início de junho, noticiou-se que a SIBS iria mandatar o Deutsche Bank (DB) para procurar um investidor estratégico, num modelo de parceria que ainda não está definido, confirmou ontem o presidente da empresa gestora da rede do Multibanco, Vítor Bento. Num encontro com jornalistas, em Lisboa, o gestor revelou que nos últimos anos a SIBS tem sido sondada por potenciais investidores, como fundos de investimento e fintechs.

O Deutsche Bank registou 571 milhões de euros de lucro líquido no primeiro trimestre de 2017, o equivalente a um aumento de 167% face aos resultados obtidos no mesmo período de 2016.

No período de referência, as receitas totais do banco caíram 8,9%, fixando-se em 7.350 milhões de euros, devido ao recuo do valor dos derivados e pelas baixas taxas de juro. O EBITDA, indicador financeiro que mede a produtividade das empresas, situou-se em 878 milhões de euros, um aumento de 52% face ao primeiro trimestre do ano passado.

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