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Dezoito países africanos já ratificaram acordo que cria Zona Livre de Comércio Continental

Konzi Tei, comissário da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, disse esta quarta-feira que oito países deste grupo estão na lista dos assinantes.
6 Fevereiro 2019, 10h30

Dezoito países africanos, entre os quais oito da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), já ratificaram o acordo que cria a Zona Livre de Comércio Continental (ZLECAf), informou esta quarta-feira o comissário da CEDEAO para área do comércio e livre circulação, Konzi Tei.

Aquele responsável falava em Monróvia, Libéria, na sequência da realização de um atelier sobre ZLECAf, destinado aos membros da rede dos jornalistas económicos da África ocidental, promovido pela Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA) em parceria com a CEDEAO e o governo local.

Conforme frisou, o acordo foi assinado em março de 2018 por 49 países da União Africana, entre os quais Cabo Verde, e neste momento 18 já ratificaram o documento que necessita de pelo menos 22 ratificações para entrar em vigor.

“A criação de numa zona de livre troca continental é um processo muito longo, porque serão necessário o desmantelamento das taxas aduaneiras, o que pode levar quase 10 anos”, disse, adiantando que já foram definidas as regras mais elementares que vão permitir a troca.

Neste sentido, aproveitou para uma vez mais apelar aos Estados-membros da CEDEAO a acelerarem o processo de ratificação, a fim de se preservar os avanços e dar corpo aos objetivos da ZLECAF.

“A criação de um ambiente sub-regional sem fronteiras, onde os recursos estão disponíveis e acessíveis a empresas e indivíduos continua a ser um elemento central da estratégia da CEDEAO para a prosperidade partilhada e a visão de uma “CEDEAO do povo”, sustentou.

A ZLEC inscreve-se no quadro de um processo que, até 2028, prevê a constituição de um mercado comum e de uma união económica e monetária de África, razão pela qual também está em curso a criação do Passaporte Único Africano, tudo incluído na chamada Agenda 2063, que visa desenvolver económica, financeira e socialmente o continente até àquele ano.

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