[weglot_switcher]

DGS confirma surto no Hospital de São José e descarta cerca sanitária em Reguengos de Monsaraz 

A diretora-geral de Saúde confirmou esta quarta-feira que foi detetado um foco de contágio no Hospital de São José, em Lisboa, o que obrigou à realização de testes e à retirada dos doentes das áreas afetadas. “Ainda é precoce falar em casos confirmados”, disse Graça Freitas.
  • Graça Freitas, diretora-geral da DGS
8 Julho 2020, 16h22

A diretora-geral de Saúde confirmou esta quarta-feira que foi detetado um foco de contágio de Covid-19 no Hospital de São José, em Lisboa, o que obrigou à realização de testes e à retirada dos doentes das áreas afetadas. No entanto, em relação ao surto de Reguengos de Monsaraz, está circunscrito e a ser vigiado pelas autoridades.

“Não há nenhum motivo para que as medidas que estão a ser tomadas extravasem as de conter a doença nos sítios onde de facto está localizada. É público que tem havido óbitos relacionados com esse surto e nas últimas 24 horas ocorreu mais um, uma pessoa do sexo masculino com 73 anos. Se isso requer uma cerca sanitária? Neste momento, a questão tem um contexto diferente daquele que se começou a falar no início”, explicou Graça Freitas, em conferência de imprensa a partir do Ministério da Saúde.

Ou seja, uma cerca sanitária, nos trâmites que tinha inicialmente, não está em cima da mesa. Segundo a DGS, esses focos da doença requerem agora atuações cirúrgicas (micro) em espaços concretos (freguesias, ruas ou mesmo prédios) e as cercas sanitárias já não estão a ser encaradas “como nos outros séculos – isolamento da cidade por completo e corte de comunicação dessa área com outra(s).

A responsável da DGS falou ainda sobre o estudo que afasta a ligação entre o transporte ferroviário (comboios) e os novos casos de coronavírus na região de Lisboa – um documento que foi mencionado pelo Presidente da República depois da reunião no Infarmed. “Foi apenas um estudo que relacionou linhas de comboio aqui na região da Grande Lisboa e o número de casos que existiram nessas freguesias. É um estudo, tem o significado que tem. Carece de outros. É apenas um indício naquelas circunstâncias especiais”, afirmou. “Valem o que valem. Tem de ser contextualizados na forma como foram feitos”, sublinhou aos jornalistas.

Portugal regista, neste momento, 44.859 casos confirmados de Covid-19 desde o início da pandemia. Só nas últimas 24 horas o país contabilizou mais 443 pessoas infetadas com o novo coronavírus, de acordo com o último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta tarde. Já o número de vítimas mortais desta doença aumentou para 1.631, o que corresponde a mais duas mortes desde ontem.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.