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DGS responde a Marcelo e volta a dizer que não vai revelar regras para a Festa do Avante

A entidade liderada por Graça Freitas revelou que entregou hoje ao PCP a versão final das regras para a Festa do Avante e voltou a reafirmar que não vai divulgar o parecer, remetendo para o Partido Comunista a divulgação, se assim o entender.
  • Lusa
30 Agosto 2020, 21h14

Tensão máxima entre Graça Freitas e o Palácio de Belém. A Direção-Geral da Saúde (DGS) veio a público responder às críticas feitas hoje por Marcelo Rebelo de Sousa.

A entidade de saúde pública voltou a reafirmar que não vai revelar as regras sanitárias que estipulou para a Festa do Avante. Se o PCP assim quiser, segundo esta entidade, o partido pode revelar publicamente quais as regras.

“A DGS não divulgará o conteúdo deste parecer, à semelhança de todos os pareceres técnicos
entregues até ao momento, cabendo à entidade organizadora fazê-lo, se assim o entender”, pode-se ler no comunicado divulgado hoje pela DGS.

A entidade liderada por Graça Freitas revela no seu comunicado que a versão final do parecer da DGS  que “condensa toda a informação” foi entregue este domingo, conforme previsto, ao Partido Comunista Português (PCP) que é quem organizada a festa que tem lugar no concelho do Seixal, distrito de Setúbal, de 4 a 6 de setembro.

O Presidente da República criticou hoje duramente a DGS e Graça Freitas por não terem revelado o parecer com as regras sanitárias para o evento organizado pelo PCP.

“Estamos hoje a cinco dias da realização e não se conhece a posição das autoridades sanitárias sobre as regras que entendem que devem presidir à realização. Não há conhecimento atempado, não há clareza, e não se pode saber se a respeito do princípio da igualdade. Isto não é bom, não é bom para ninguém, não é bom para o Estado”, disse Marcelo Rebelo de Sousa este domingo.

Por sua vez, a DGS disse em comunicado que “foram realizadas várias reuniões para adequar a organização do evento às medidas de saúde pública inerentes ao contexto da pandemia por Covid-19, em que nos encontramos”.

“Importa destacar que este é um evento com múltiplos espaços e a que se aplicam regras de áreas
de restauração, eventos culturais e circulação de pessoas. Na realização de eventos é necessário
que estejam assegurados todos os aspetos que permitam salvaguardar não só a saúde dos
participantes, mas também da comunidade, como um todo, uma vez que, epidemiologicamente,
cada evento comporta riscos”, destaca a DGS.

“A multivariedade da componente social do evento, assim como a participação de cidadãos de
várias gerações, faz com que este seja um evento cuja análise é demorada e mais complexa do
que os inúmeros eventos que a DGS tem analisado”, segundo o comunicado.

 

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