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Dia E, de empregos

Nas matérias-primas o realce vai para a subida de quase 1% no preço do Brent crude, mais utilizado na Europa, para os $69.90 por barril, atingindo assim o valor mais elevado dos últimos seis meses e não dando espaço para uma descida dos preços dos combustíveis para breve.
5 Abril 2019, 07h45

Mais um dia e mais uns passinhos, embora que de bebé, rumo a novos máximos históricos no S&P500 e Dow Jones, enquanto que o Nasdaq sucumbiu ao pessimismo emanado das quedas da Tesla e da Microsoft. A esperança colocada num entendimento entre os EUA e a China com vista a resolver o conflito comercial entre ambos, voltou a ser o principal mobilizador de vontades ontem em Wall Street, estando agora o cenário mais clarificado quanto à situação das negociações, mas ainda longe de se assegurar que as mesmas resultarão num desfecho positivo, isto porque se o tema do equilíbrio do deficit comercial entre os dois países é pacifico, com muito mais compras acordadas por parte da China às empresas norte-americanas, o certo é que na questão da propriedade intelectual o ambiente é mais pesado.

Ultrapassada que está a questão do roubo de tecnologia, a areia na engrenagem está agora na fiscalização desse ponto, falando-se no ano de 2025 como altura para que a China cumpra com os objectivos de compras de produtos, permitir a existência de empresas chinesas 100% detidas por empresas norte-americanas e claro a monitorização da questão da transferência forçada de tecnologia e/ou do roubo. O upgrade da recomendação sobre os títulos da Facebook por parte da Guggenheim foi um dos factores positivos, enquanto que a queda de -8.23% no valor da Tesla, devido a menos 31% de viaturas entregues no primeiro trimestre, condicionou negativamente o sentimento. Nos sectores foi evidente a redução de interesse nos dois principais focos de refúgio, utilities e imobiliárias, ao passo que as empresas ligadas aos materiais lideraram no optimismo com 1% de subida.

Nas matérias-primas o realce vai para a subida de quase 1% no preço do Brent crude, mais utilizado na Europa, para os $69.90 por barril, atingindo assim o valor mais elevado dos últimos seis meses e não dando espaço para uma descida dos preços dos combustíveis para breve. Já no Forex o destaque vai para a Libra inglesa que recuou -0,5% para os $1.3098, averbando assim a primeira queda desta semana com a continuação do impasse quanto ao desfecho sobre o Brexit a reforçar de novo os receios de um Brexit sem acordo.

Hoje o dia será dominado pelos números dos non-farm payrolls nos EUA relativos ao mês de Março, que os analistas esperam venham a indicar a criação de 180,000 postos de trabalho.

O gráfico de hoje é do S&P500, o time-frame é Semanal

O principal índice mundial poderá hoje atingir novos máximos históricos casos os números do emprego sejam suficientemente bons para refutar a ideia de um forte arrefecimento no crescimento da maior economia do mundo.

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