O executivo da Volkswagen Oliver Schmidt declarou-se culpado no caso do escândalo das emissões de gases poluentes, que está a ser julgado no Tribunal Distrital de Detroit, nos EUA. O esquema que envolvia o uso de um sistema ilegal que permite a redução de emissões no momento do controlo, sendo depois desativado, já custou à fabricante de automóveis alemã 25 mil milhões de dólares e a fatura poderá continuar a aumentar.
Schmidt declarou-se culpado para tentar um acordo que poderá implicar uma pena de prisão até sete anos e uma multa entre os 40 mil e os 400 mil dólares, de acordo com informações da agência Reuters. O antigo executivo admitiu a existência de um esquema para enganar os reguladores e violar as leis sobre emissões de gases poluentes.
Em março, a Volkswagen tinha-se também declarado culpada de três acusações criminais ao abrigo de um acordo de culpa que admitia a culpa sobre a instalação de um software fraudulento nos veículos para enganar os testes de emissões.
Schmidt, irá conhecer a sentença no dia 6 de dezembro, era responsável pelo gabinete de engenharia ambiental da Volkswagen. É um dos oito executivos da empresa que foi acusado pelo Ministério Público norte-americano até agora.
“Schmidt participou num esquema de fraude da VW que dava prioridade às vendas da empresa à custa da honestidade em testes de emissões e da confiança dos compradores norte-americanos”, disse o vice-procurador-geral adjunto, Jean Williams, citado pela Reuters.
Depois de ser informado sobre a existência de um software fraudulento no verão de 2015, Schmidt terá tentado acordar com outros executivos uma saída que implicasse não admitirem que o esquema foi intencional. Na altura trabalhava em Wolfsburg, na Alemanha, tendo sido detido, quando viajou para os EUA, em janeiro.
“Schmidt, juntamente com todos e cada funcionário envolvido neste escândalo de emissões, será responsabilizado pelas suas ações pelo Departamento de Justiça, pois esta investigação vai continuar”, garantiu. A Volkswagen emitiu um comunicado esta sexta-feira em que diz continuar a cooperar com o departamento de justiça no caso.
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