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Dijsselbloem alerta: moeda única ainda não é “resistente ao choque” de uma eventual crise

No dia em que Mário Centeno tomou posse como presidente do Europgrupo, Jeroen Dijsselbloem, seu antecessor, considerou que a robustez do euro vai depender de novas políticas no mercado de trabalho e do funcionamento dos mercados de capitais.
12 Janeiro 2018, 12h33

No dia em que o ministro das Finanças português, Mário Centeno, tomou posse como presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem afirmou que a zona euro ainda está demasiado fraca para a eventuais crises, de acordo com o Financial Times (FT).

O antecessor de Centeno, que presidiu o grupo de ministros das finanças da zona euro entre 2013 e 2018, terá dito que a economia da moeda única ainda não é “resistente ao choque” de uma eventual crise económico-financeira.

“Se ocorresse uma crise económica este ano, muitos dos nossos países e a união monetária como um todo, não estariam preparados”, afirmou Dijsselbloem ao FT.

O político holandês, ex-ministro das finanças dos Países Baixos, crê que as reformas económicas aplicadas na Grécia e em outros países da zona euro, após cinco anos da sua presidência do Eurogrupo dominada por uma grave crise financeira em países do sul da Europa, poderão ter sido insuficientes.

Ao FT, Dijsselbloem afirmou que a robustez do euro vai depender de novas políticas no mercado de trabalho, com o objetivo de o tornar mais flexível e melhorar o funcionamento dos mercados de capitais.

“Como os Estados-membros ainda detém os principais poderes e autoridades macroeconómicas, deveriam dar continuidade às reformas iniciadas. Isto é o mais importante”, contou.

O Eurogrupo, com Jeroen Dijsselbloem na presidência, ganhou especial relevância nos anos da crise financeira na Europa, como um dos principais órgãos de decisão para políticas monetárias. Agora, com Mário Centeno na presidência do grupo, a discussão de como reforçar a zona do euro provavelmente dominará o mandato do ministro das Finanças português.

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