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Dijsselbloem não se demite e desculpa-se com “cultura de rigor holandesa”

Presidente do Eurogrupo explica que as acusações ao bloco do sul da União Europeia eram sobre ele próprio: “Disse não poder esperar que, se gastar o meu dinheiro de uma forma errada, possa pedir apoio financeiro”.
  • Francois Lenoir/REUTERS
22 Março 2017, 18h26

Depois das polémicas declarações sobre os países do sul, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, garantiu esta quarta-feira que não tinha qualquer intenção de ofender ninguém e instaurar o sentimento de “guerrilha” entre o norte e o sul. Jeroen Dijsselbloem põem ainda de parte qualquer possibilidade de se vir a demitir, tal como pediram vários dirigentes europeus, incluído o primeiro-ministro português, António Costa, e o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.

Jeroen Dijsselbloem explica que a acusação de que o bloco do sul da União Europeia “gasta todo o dinheiro em copos e mulheres” e depois vem até Bruxelas pedir ajuda era sobre ele próprio: “Disse não poder esperar que, se gastar o meu dinheiro de uma forma errada, possa pedir apoio financeiro”.

“Lamento que alguém se tenha ofendido com o comentário. Foi direto e pode ser explicado com a cultura de rigor holandesa, a cultura Calvinista”, clarifica Jeroen Dijsselbloem. “Lamento que a minha mensagem tenha sido mal entendida e lamento que tenha emergido como o norte contra o sul”.

O duplo lamento de Jeroen Dijsselbloem não motiva, no entanto, a sua demissão. “Não tenho qualquer intenção de me demitir”, salienta.

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