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Dimas Gimeno cria empresa para competir com o El Corte Inglés

Antigo diretor-geral e presidente desentendeu-se com as primas, principais acionistas do grupo , e acabou por sair antes de ser expulso. Cria agora uma empresa que poderá concorrer diretamente com a sua antiga casa.
4 Outubro 2018, 11h15

O ex-presidente do El Corte Inglés Dimas Ginero criou no passado mês de setembro uma nova empresa comercial com um capital de 100 mil euros, logo após deixar o grupo de distribuição, revela a comunicação social espanhola.

A empresa, chamada DNEXT Retail, tem como objeto social a realização das atividades de comércio, abrangendo marketing, retalho e comércio por grosso de todos os tipos de produtos: mobiliário, artigos para presentes e decoração, objetos, roupas, alimentos, drogaria, perfumaria e joalharia, entre outros. Ou, dito de outra forma, a nova empresa concorre diretamente com o próprio grupo Corte Inglés, cuja administração Ginero deixou recentemente.

Dimas Gimeno era sobrinho do antigo diretor-geral do El Corte Inglés Isidoro Alvarez, irmão da sua mãe, Maria Antonia Alvarez Astúrias. Foi nomeado diretor -geral do El Corte Inglés em agosto de 2013 e assumiu o cargo de presidente em setembro de 2014, dois dias após a morte do seu tio Isidoro.

Em 2001, Gimeno colaborou no arranque da subsidiária da empresa em Portugal, como assistente da gestão. Em 2006 foi nomeado diretor do centro do Porto, para, dois anos mais tarde, regressar a Madrid e aos serviços centrais do grupo.

A partir de 2009, Ginero inicia a ascensão ao topo do grupo, primeiro como membro do Conselho da Fundação Ramón Areces e, um ano depois, com a entrada no conselho de administração do grupo empresarial.

Em 2017, no meio de graves desentendimentos no seio da família fundadora do grupo, os seus poderes como diretor-geral foram suspensos pelo conselho de administração e, finalmente, acabou por ser demitido em junho de 2018, tendo sido substituído por Jesús Nuño de la Rosa.

A sua saída pôs fim a um conflito familiar que durou vários meses – que o opôs às primas Marta e Cristina Álvarez Guil, principais acionistas –  e se transformou numa espécie de novela com larga exposição nos ‘media’ espanhóis e internacionais,

O grupo respondeu no final do ano passado por um volume de negócios muito próximo dos 16 mil milhões de euros.

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