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Diogo Rezende à frente da Inapa até 2021

A Parpública apresenta a lista dos nomes que integram a administração para os próximos três anos até dia 7, onde figura Rezende.
18 Maio 2019, 08h00

Diogo Rezende será reconduzido como presidente do conselho de administração do Grupo Inapa até 2021, apurou o Jornal Económico junto de fonte próxima ao processo.

Segundo as nossas fontes, o nome de Diogo Rezende estará incluído na lista que vai ser proposta para a administração, no triénio 2019/2021. A proposta será entregue até dia 7 de maio pela Parpública, o maior acionista da Inapa e que tem 33,33% dos direitos de voto, e será votada na assembleia geral que se vai realizar no dia 23 de maio.

A eleição dos novos novos órgãos sociais é premente, uma vez que o mandato da administração atual terminou no fim do ano passado.

O Jornal Económico também sabe que os outros acionistas de referência, como o Millennium BCP e o Novo Banco, não vão apresentar propostas para a nova equipa de gestão da Inapa, mas o BCP terá uma palavra a dizer sobre a proposta apresentada pela Parpública.

Na página oficial do Grupo Inapa, liderado desde 2015 por Diogo Rezende, com dados de 9 janeiro deste ano, a estrutura acionista da Inapa é composta pela holding estatal, detentora de 33,39% das ações ordinárias, as únicas que conferem direitos de voto. Segue-se a empresa de meios, a Nova Expressão, de Pedro Baltazar, com 13,20%, e uma participação imputável ao Millennium bcp, com 8,47%. O Novo Banco apenas detém ações preferenciais sem direito de voto.

Mas esta estrutura acionista vai mudar depois da conversão das ações preferenciais em ações ordinárias.

Contatada pelo Jornal Económico, a Parpública não quis prestar comentários.

Na semana passada, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa julgou improcedente a providência cautelar interposta pela Nova Expressão, com vista a suspender a conversão das ações preferenciais em ações ordinárias, tal como ficara decidido na assembleia geral de 2018, e a Inapa informou o mercado que os acionistas têm até dia 6 de agosto para o fazer.

A Nova Expressão considerou que a decisão sobre a conversão das ações foi tomada “em grave prejuízo” do acionista minoritário e com o “abusivo propósito de obtenção de benefícios especiais para os acionistas maioritários”.

Atualmente, o capital da Inapa encontra-se dividido em 150 milhões de ações ordinárias e cerca de 301 milhões de ações preferenciais sem voto. Com a conversão, cada ação preferencial vai passar a valer 1,25 ações ordinárias.

Recorde-se que, em 2018, a Inapa passou de lucros a prejuízos. O grupo fechou o ano com um resultado líquido negativo de 3,6 milhões de euros, o que compara com os lucros de duzentos mil euros do ano anterior.

Em outubro do ano passado, a Inapa anunciou um acordo para a aquisição de 100% do capital social da Papyrus Deutschland, uma empresa dedicada à distribuição de papel nos segmentos gráfico e de escritório na Alemanha.

Mas ainda falta o parecer favorável da Autoridade da Concorrência alemã para que a operação se concretize.

Diogo Rezende qualificou esta operação como “transformacional” para o grupo, uma vez que iria permitir obter ganhos de eficiência substanciais na Alemanha.

Artigo publicado na edição nº 1987 de 3 de maio, do Jornal Económico

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