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Diretores do Ministério da Saúde e da Autoridade Tributária terão ido à China a convite e expensas da Huawei

Segundo o jornal “Expresso”, altos quadros do Estado beneficiaram de viagens pagas que incluíram visita à sede da Huawei, em Shenzhen. Em causa poderá estar a prática de um crime de recebimento indevido de vantagem, punível com cinco anos de prisão. O Ministério das Finanças já abriu uma investigação. Mas a Huawei nega ter pago.
26 Agosto 2017, 11h54

Segundo a manchete do jornal “Expresso” de hoje, diretores do Ministério da Saúde e da Autoridade Tributária foram à China a convite da empresa Huawei. Altos quadros do Estado beneficiaram assim de viagens pagas que incluíram visitas ao hospital de Zhang Zhou e à sede da Huawei, em Shenzhen, perto de Hong Kong. Mais concretamente, cinco dirigentes dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e um da Autoridade Tributária.

Entretanto o mesmo jornal apurou que os custos dos bilhetes de avião para a China de seis altos quadros do Estado foram suportados por uma empresa associada da Huawei e não pela empresa chinesa diretamente. Em causa poderá estar a prática de um crime de recebimento indevido de vantagem, punível com cinco anos de prisão. O Ministério Público ainda não ouviu nenhum dos envolvidos mas o Ministério das Finanças já abriu uma investigação à viagem do chefe do Núcleo de Sistemas Distribuídos.

O Ministério da Saúde não considera ter havido qualquer ilícito na viagem de cinco diretores, com tudo pago. O jornal “Expresso” contactou a Huawei que se manifestou “disponível” para esclarecer os factos “em sede própria”.

Atualização (28/08/2017):
Entretanto a Huawei negou ter pago a viagem em causa. Fonte oficial da empresa garantiu ao “Jornal Económico” que “não foi paga nenhuma viagem” aos dirigentes referidos no artigo do “Expresso”, nem mesmo por uma “empresa parceira”.

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