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Disputa em relação a Hong Kong abala Wall Street

Os três principais índices norte-americanos estão em queda. “O acordo comercial entre Washington e Pequim parece não estar para breve”, assinala o analista André Pires, da XTB.
21 Novembro 2019, 15h32

A Bolsa de Nova Iorque iniciou a sessão desta quinta-feira, 21 de novembro, em terreno negativo, penalizada pelos sinais de desentendimento entre Washington e Pequim em relação aos protestos de Hong Kong – o Congresso norte-americano deu ‘luz verde’ a uma resolução de apoio aos manifestantes de Hong Kong -, o que está a alimentar as preocupações dos investidores sobre o potencial acordo comercial entre as duas maiores potências mundiais.

Os três principais índices norte-americanos abriram no ‘vermelho’, e cerca de 30 minutos após o arranque da sessão, o industrial Dow Jones recuava 0,17% para os 27.772,87 pontos, o financeiro S&P 500 perdia 0,22%, para os 27.772,87 pontos, e o tecnológico Nasdaq descia 0,21%, para os 8.509,00 pontos. Já o Russel 2000 estava a ser marcado por uma desvalorização de 0,48%, para 1.586,50 pontos.

“Depois dos recordes recentes, o S&P 500 fechou ontem com a maior queda do último mês e meio. O acordo comercial entre Washington e Pequim parece não estar para breve, em resultado do apoio americano aos manifestantes de Hong Kong, prestes a ser aprovado por Trump, depois de ter passado pela Casa dos Representantes”, refere André Pires, analista da XTB.

A nível empresarial, o mercado aguarda a publicação de resultados das retalhistas Macy’s (-2,73%, para 14,60 dólares) e Ross Stores (+0,31%, para 110,77 dólares). Os títulos da Tesla sobem 1,59%, para 358 dólares, no dia em que será lançada a primeira pick-up elétrica da marca, conhecida como “cyberpunk”.

“Há um trio de cotadas no ramo de semicondutores a ser penalizado pelo corte de uma casa de investimento. A PayPal, que vai gastar $4 mil milhões para adquirir uma startup, estava por isso a cair 1%. Já a Charles Schwab disparava 13% perante os rumores de que vai comprar a TD Ameritrade”, escreve Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp, em research de mercado enviado hoje.

Os analistas do banco espanhol Bankinter acreditam que os números possam bater as estimativas, tal como ontem aconteceu com a Target e a Lowe’s. “A macro americana não ajudará, já que o indicador avançado pode mostrar-se enfraquecido (-0,2% versus -0,1%) e isso eclipsará uma hipotética melhoria do Índice da Fed de Filadélfia ou das vendas de habitações em segunda mão”, apontam, numa nota de mercado.

Em relação aos preços do petróleo, a cotação do barril de Brent está a subir 1,33%, para 63,23 dólares, enquanto a cotação do crude WTI recua 1,46%, para 57,84 dólares por barril. Quanto ao mercado cambial, o euro deprecia 0,06% face ao dólar (1,1066) e a libra “desvaloriza” 0,02% perante a divisa dos Estados Unidos (1,2920).

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