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Ditadores “inteligentes” atraem mais investidores estrangeiros, revela estudo

De acordo com a Bloomberg, que analisou o estudo publicado pelo Instituto da economia em transição do Banco da Finlândia, estes investimentos são ainda mais significativos, quando efetivamente o líder do regime possui diplomas universitários ao nível da economia, e em especial quando a estes se junta a experiência no mundo dos negócios.
18 Julho 2019, 15h31

Investidores estrangeiros estão mais predispostos a injetar dinheiro, na condição de que os seus líderes possuam um elevado, e sólido grau de educação, em especial, ao nível da economia, de acordo com um estudo publicado pelo banco da Finlândia em que se investiga o fluxo do dinheiro com destino a regimes autoritários.

De acordo com a Bloomberg, que analisou o estudo publicado pelo Instituto da economia em transição do Banco da Finlândia, estes investimentos são ainda mais significativos, quando efetivamente o líder do regime, possui diplomas universitários ao nível da economia, e em especial quando a estes se junta a experiência no mundo dos negócios.

Os autores do estudo Abel François, Sophie Panel e Laurent Weill, revelam que “incompetência ao nível da educação tem uma maior probabilidade de afugentar investidores”, do que propriamente fatores relacionados com a idade ou até experiência política.

O estudo que analisou cerca de 100 países com as mesmas semelhanças a nível governamental, revela também, que as características individuais dos seus líderes têm um papel determinante em atrair ou afastar investimentos estrangeiros.

A razão pela qual os antecedentes pessoais são tão importantes na escolha de investir ou não investir nestes regimes, prende-se com o facto de através destes, ser mais fácil de antecipar tomadas de decisão, e consequentemente, permitir que os investidores, analisem as possíveis futuras escolhas políticas ao nível da economia e das finanças.

Para se ter uma ideia da importância em ter conhecimentos ao nível da economia quando se fala de ditadores, tomemos como exemplo Ne Win, ex-governador de Myanmar durante 26 anos, que durante o seu mandato aplicou uma reforma monetária, baseada em conselhos dados pelo seu astrólogo pessoal, que lhe disse para “organizar novas denominações, em que os números devessem obter uma soma até 9”, como é fácil de concluir, esta escolha acabou por arruinar a economia do país, servindo de base para que o Myanmar no presente ano de 2019 seja considerado um dos países mais pobres do mundo.

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