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Dívida pública cai 1.000 milhões em julho, dívida das empresas privadas aumenta 400 milhões

“Relativamente a junho de 2017, o endividamento do setor público diminuiu 1,0 mil milhões de euros”, refere a nota do Banco de Portugal. Já o endividamento privado, ao contrário da dívida pública, cresceu cerca de 400 milhões de euros entre junho e julho, refletindo um acréscimo do endividamento externo das empresas privadas.
21 Setembro 2017, 12h37

Segundo as notas de informação estatística: “Financiamento das administrações públicas e Endividamento do setor não financeiro – julho de 2017”, do Banco de Portugal, o endividamento do sector público diminuiu mil milhões de euros face a junho.

De acordo com o BdP, a redução de dívida em julho deveu-se sobretudo à diminuição do financiamento obtido no estrangeiro e da redução da dívida das administrações públicas.

“Relativamente a junho de 2017, o endividamento do setor público diminuiu 1,0 mil milhões de euros”, refere a nota do Banco de Portugal.

Já o endividamento privado, ao contrário da dívida pública, cresceu cerca de 400 milhões de euros entre junho e julho, refletindo um acréscimo do endividamento externo das empresas privadas.

“Em julho de 2017, o endividamento do setor não financeiro situou-se em 725,4 mil milhões de euros, dos quais 316,8 mil milhões respeitavam ao setor público e 408,6 mil milhões ao setor privado”, diz a nota.

“O endividamento do setor privado registou um aumento de 0,4 mil milhões de euros. O decréscimo do endividamento do setor público deveu-se, sobretudo, à diminuição do financiamento obtido junto do setor não residente e das próprias administrações públicas. Em contrapartida, aumentou o financiamento obtido pelo setor público junto do setor financeiro”, diz o Banco de Portugal.

Já “a subida do endividamento do setor privado refletiu o acréscimo do endividamento externo das empresas privadas. Este acréscimo foi parcialmente compensado pela redução do endividamento destas empresas e dos particulares perante o setor financeiro residente”, lê-se no documento.

Analisando os gráficos verifica-se que a dívida pública na ótica de Maastricht era de 249,165 mil milhões em julho, o que compara com 249,084 mil milhões em junho.  A dívida pública portuguesa na óptica de Maastricht, é a que Bruxelas inclui na sua análise. É calculada de acordo com a definição utilizada no Procedimento dos Défices Excessivos, isto é, dívida bruta consolidada das administrações públicas ao valor nominal ou facial). Este conceito inclui os passivos nos instrumentos de numerário e depósitos, títulos de dívida e empréstimos.

A dívida líquida em julho era de 230,287 mil milhões de euros o que compara com a dívida líquida de 229,379 mil milhões de euros em junho (Dívida na ótica de Maastricht líquida de depósitos da administração central).

Diz a nota do Banco de Portugal que em entre janeiro e julho de 2017, as administrações públicas financiaram-se em 4,5 mil milhões de euros, valor inferior aos 5,2 mil milhões de euros registados em igual período de 2016, diz a nota.

O financiamento obtido pelas administrações públicas junto dos bancos e de outros financiadores residentes foi de 4,2 mil milhões de euros e de 3,0 mil milhões de euros, respetivamente. Em contrapartida, o financiamento das administrações públicas no exterior situou-se em -2,8 mil milhões de euros (caiu), refletindo essencialmente reembolsos antecipados de empréstimos do Fundo Monetário Internacional no montante de 4,5 mil milhões de euros. Já o financiamento através de títulos foi de 8,6 mil milhões de euros, valor que compensou a redução de 4,1 mil milhões de euros nos empréstimos líquidos de depósitos.

 

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