A dívida pública portuguesa caiu para 121,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no final de 2018, menos 3,3 pontos percentuais do que em igual período de 2017. No entanto, ficou ligeiramente abaixo da estimativa do Governo, cuja meta se fixava nos 121,2%.
O Governo manteve, assim, no ano passado a trajetória descendente do rácio da dívida pública, ainda que em termos absolutos o endividamento continue a aumentar. No último mês de 2018, a dívida na ótica de Maastricht ascendeu aos 244.931 milhões de euros, que compara com os 242.804 de igual período de 2017.
Mesmo com o pagamento antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI) de 4,7 mil milhões de euros a 10 de dezembro, completando a amortização antecipada da totalidade do empréstimo concedido pela instituição ao país no resgate financeiro em 2011, em termos absolutos a dívida portuguesa fechou o ano ligeiramente acima da meta do Executivo.
No entanto, apesar do crescimento económico ter sido nos últimos anos o fator chave na fórmula dívida/PIB, este continua a ser apontado como um fator de pressão pelas principais instituições internacionais.
Nas recomendações específicas por país da Comissão Europeia, no âmbito do semestre europeu, divulgadas esta quarta-feira, apesar de reconhecer que a dívida “a começou a recuar desde 2017 devido aos excedentes primários”, Bruxelas voltou a salientar que permanece “elevada”.
Para este ano, o Governo prevê uma dívida pública de 118,5%, estando ligeiramente menos optimista que instituições internacionais como o FMI e a OCDE, que estimam rácios de 117,9% e 118,4%, respetivamente.
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