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Imóveis mais procurados durante o confinamento foram casas com dois quartos e preço até 200 mil euros

Os imóveis mais procurados durante o confinamento foram habitações com dois quartos e preços compreendidos entre os 100 mil e os 200 mil euros, sendo que 50% do interesse na compra de um imóvel se prende pelo mesmo município de residência.
  • Cristina Bernardo
10 Março 2021, 10h33

Dois terços das pessoas que estão à procura de habitações para comprar já são proprietários de, pelo menos, um imóvel, revela o Idealista esta quarta-feira, 10 de março. Entre os fatores que podem explicar esta análise está o facto de muitos portugueses quererem melhorar a qualidade de vida.

A plataforma aponta que a pandemia não provocou uma mudança radical das tendências, que seria o que esperar uma vez que muitos rendimentos foram afetados negativamente. O estudo do Idealista mostra que um quinto dos inquiridos mudou de critérios e motivações na procura por novas habitações, procurando uma melhor qualidade de vida.

“O confinamento fez com que muitos portugueses dessem conta que não estão totalmente satisfeitos com as suas casas e que preferiam viver em zonas menos centrais em troca de mais metros quadrados, mais luminosidade, jardins ou terraços”, destaca Ruben Marques, porta-voz do Idealista.

O porta-voz da plataforma explica que o aumento da procura por proprietários de imóveis poderá estar relacionado com o facto de “existirem créditos à habitação com taxas de juro em mínimos históricos e, por outro lado, a estabilidade de um imóvel como investimento em relação a outros ativos, num momento em que o nível de poupança também subiu em termos médios”.

“Este investimento no mercado poderá levar a um aumento do número de casas para arrendar no futuro e a uma possível descida nos preços”, considera Ruben Marques.

Os dados recolhidos pela plataforma mostram que 9,6% dos inquiridos possuem duas casas, 3,1% apontam possuir três casas e 3,7% são proprietários de mais de três casas. Por sua vez, 41,3% dos inquiridos do estudo indicam que não são proprietários de imóveis.

Os imóveis mais procurados durante o confinamento foram habitações com dois quartos e preços compreendidos entre os 100 mil e os 200 mil euros, sendo que 50% do interesse na compra de um imóvel se prende pelo mesmo município de residência, 25,6% procura em outros distritos e 24,4% procura em outras cidades do mesmo distrito onde habitam.

O estudo do Idealista aponta que a maioria dos compradores necessita de um crédito à habitação entre os 50% e os 80% do valor da habitação que pretende comprar. Também o processo de compra de habitação se mostrou longo, com 32,4% dos inquiridos a admitir estar à procura há mais de um ano.

Procura de imóveis para arrendamento

Também existem proprietários de imóveis à procura para arrendar habitações. Cerca de 77,4% das pessoas que procuram casas afirma não ser proprietárias de imóveis para habitação, enquanto 16,3% reconhece que dispõem de um imóvel, 4% sustentam ter duas casas como propriedade, 1,1% possui três habitações e 1,2% tem mais de três.

Para estes arrendamentos a tipologia mais procurada são dois quatros com preços entre os 450 euros e 600 euros mensais, sendo que a maioria pretende destinar ao arrendamento entre 25% a 35% dos seus rendimentos.

O processo no caso de arrendamento é mais rápido do que a compra, uma vez que 15,2% está há menos de um mês à procura por imóveis. No entanto, 28,4% iniciou o processo de pesquisa entre um a três meses antes, 24,4% começou a procurar quatro a seis meses antes, 13% entre sete e 12 meses antes, enquanto 18,9% dos inquiridos admite estar à procura há mais de um ano.

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