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Dona do Minipreço propõe ao magnata russo suspender aumento de capital

O conselho de administração do Dia acredita que um empréstimo de 100 milhões de euros evitaria que a cadeia de supermercados fosse à falência.
23 Fevereiro 2019, 13h44

O conselho de administração do grupo Dia (Distribuidora Internacional de Alimentación) propôs ao milionário russo Mikkail Fridman, acionista maioritário (29%) da empresa, cancelar a assembleia de acionistas convocada para 20 de março e suspender o aumento de capital em troca de um empréstimo participativo de 100 milhões de euros.

O board da dona do Minipreço acredita que um empréstimo de 100 milhões de euros evitaria que a cadeia de supermercados fosse à falência, de acordo com a proposta apresentada pelo órgão máximo da retalhista, de acordo com a notícia avançada pelo diário de economia “El Economista”.

“Se os acionistas não aprovarem o aumento de capital e não se realize nenhuma outra operação que permita remover a causa legal para a dissolução em que incorre a sociedade, o conselho de administração deve solicitar a dissolução judicial da empresa dentro de um período de dois meses a partir da data da assembleia”, refere o documento apresentado pelos administradores.

Em causa está o facto de a empresa ter um património líquido negativo de 98,8 milhões de euros e, portanto, estar inserida na situação de dissolução prevista pela Lei das Sociedades de Capital espanhola. Ao jornal local, fontes conhecedoras do processo afirmam que a banca exigirá um concurso de credores no mesmo dia em que a assembleia se realizar.

No passado dia 5 de fevereiro, a sociedade de private equity e venture capital LetterOne, detida pelo investidor russo, anunciou que lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre 70,09% da cadeia de supermercados de Madrid. Segundo a empresa com sede em Luxemburgo, as ações estarão a 0,67 euros e a OPA terá como objetivo a saída da bolsa e valorizar a retalhista em cerca de 500 milhões de euros. Além da oferta, o fundo controlado por Fridman planeia lançar o que denominou de ‘Plano de Resgate Integral’, com três fases, sendo que a primeira será o lançamento da própria OPA.

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