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Donald Trump em conversações com o Congresso para impor “sanções poderosas” à Turquia

“Muito inteligente não estar envolvido nos intensos combates na fronteira da Turquia”, escreveu o presidente norte-americano, no Twitter.
13 Outubro 2019, 15h39

O presidente dos Estados Unidos da América disse este domingo que está em negociações com dois membros do Congresso norte-americano para impor “sanções poderosas” à Turquia, na sequência da ofensiva turca no nordeste da Síria. Donald Trump escreveu no Twitter que está a “monitorizar a situação de perto”, com o apoio do senador republicano Lindsey Graham e até de outros democratas.

“Muito inteligente não estar envolvido nos intensos combates ao longo da fronteira com a Turquia, para variar. Aqueles que por engano nos levaram às guerras no Médio Oriente ainda estão a pressionar para lutar. Não têm a mínima ideia da má decisão que tomaram”, referiu o presidente norte-americano, na mesma rede social.

Donald Trump, que ontem tinha anunciado que iria enviar 50 milhões de dólares em ajuda financeira à Síria, diz que a Turquia considera os membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) “os piores terroristas de todos”, depois de dezenas de manifestantes, civis e militares terem sido mortos na cidade de Ras al-Ain.

“Lembram-se de há dois anos, quando o Iraque lutava contra os curdos numa zona diferente da Síria? Muitas pessoas queriam que lutássemos com os curdos contra o Iraque, por quem acabámos de lutar. Eu disse que não, e os curdos deixaram a luta duas vezes. Agora, está a acontecer o mesmo com a Turquia”, sublinhou o presidente, na mesma publicação feita esta tarde.

https://twitter.com/realDonaldTrump/status/1183369133301391365

Desde quarta-feira que há, pelo menos, 85 combatentes curdos e 38 civis vítimas mortais da violência nesta região, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. A Turquia declarou que o objetivo da ofensiva é combater e afastar da região a milícia curdo-síria Unidades de Proteção Popular (integrante das Forças Democráticas da Síria).

O senador norte-americano Lindsey Graham elogiou a decisão de Donald Trump em trabalhar com os congressistas, mas criticou a Turquia por não estar a agir “como um bom aliado da NATO”. “Acredito que haja um forte apoio bipartidário a essas sanções, e é imperativo que não permitamos que a agressão da Turquia leve à destruição de um aliado valioso – os curdos – e ao ressurgimento do ISIS [Estado Islâmico]”, escreveu também no Twitter.

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