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Donald Trump revela que houve mudança no “bom relacionamento” que tinha com o presidente chinês

Donald Trump apontou também, durante a entrevista à Fox Sports Radio citada pela Reuters, que a relação com o presidente chinês mudou com a pandemia e assegurou que “não fala com Xi Jinping há muito tempo”.
  • Presidente chinês, Xi Jinping, e governante norte-americano, Donald Trump, conversam durante evento em Pequim, em 2017
11 Agosto 2020, 17h01

O presidente dos EUA, Donald Trump, garantiu esta terça feira, 11 de agosto, que o “bom relacionamento” que costumava ter com o presidente da China, Xi Jinping mudou, segundo a Reuters.

Donald Trump apontou também, durante entrevista à Fox Sports Radio citada pela Reuters, que a relação com o presidente chinês mudou com a pandemia e assegurou que “não fala com Xi Jinping há muito tempo”.

Nos últimos meses, a tensão entre os EUA e a China têm aumentado, conflitos que têm afetado as bolsas europeias que, a 6 de agosto, caiu 1,11% para 4.353,95 no principal índice bolsista português. A quebra sentida nas bolsas surgiu depois do presidente americano ter dado 45 dias para a conclusão do negócio entre a Microsoft e a ByteDance, empresa-mãe do Tik Tok, a 4 de agosto, avançou a BBC.

Sobre a transação entre a Microsoft e a ByteDance, Donald Trump pediu “uma parcela substancial” do preço de compra ao presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella, através de uma conversa telefónica durante a última semana de julho.

Além das bolsas europeias que foram penalizadas, Donald Trump e Xi Jinping têm feito um braço de ferro quanto aos consulados. A 24 de julho, a China anunciou o encerramento do consultado dos Estados Unidos em Chengdu, uma decisão que surgiu três dias depois das autoridades norte-americanas terem optado por fechar o consulado chinês em Houston, segundo a Reuters.

“A nossa decisão de determinar o fecho do Consulado Geral da RPC [República Popular da China], em Houston, foi tomada para proteger a propriedade intelectual americana e as informações privadas dos americanos”, explicou o porta-voz do conselho de segurança nacional americano, John Ullyot.

A guerra diplomática aprofundou-se e a 10 de agosto. A China anunciou que iria impor sanções a 11 oficiais norte-americanos pela sua “má conduta” em assuntos relacionados com Hong Kong, como forma de retaliação pelas medidas equivalentes aplicadas pelos EUA. Entre os senadores sancionados estão Marco Rubio, Ted Cruz, Tom Cotton e Pat Toomey, mas também o congressista Chris Smith.

Estes conflitos têm enfraquecido a relação entre os EUA e a China e apesar da distância com o homologo chinês, assumida por Trump, o mesmo não se tem verificado com Taiwan. A 5 de agosto o secretário da Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar, anunciou que vai visitar Taiwan, algo que não agradou à China que pediu aos EUA que não enviassem “sinais errados aos separatistas em Taiwan”, noticiou o “The Guardian”.

 

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