Donald Trump teme que restrições do Covid-19 sejam prejudiciais à economia norte-americana

O presidente norte-americano Donald Trump receia que as normas de contingência aplicadas nos EUA possam ser mais prejudiciais para a economia do país do que o impacto do novo coronavírus, sendo esta posição partilhada por alguns membros do executivo como o secretário do Tesouro, Steven Mnunchin. “Não podemos deixar que a cura seja pior do que o problema em si. Ao fim de 15 dias, vamos tomar uma decisão sobre o caminho que queremos seguir, partilhou o presidente norte-americano no Twitter.

A economia americana está a ser profundamente afetada pelo Covid-19 e o presidente do Federal Reserve Bank of St. Louis, James Bullard, já previu que a taxa de desemprego dos EUA poderá chegar aos 30% no segundo trimestre, juntamente com uma queda de 50% do PIB.

Tendo em conta este panorama, voltar ao trabalho em breve poderá ser uma forma de atenuar o impacto na economia, como defende Donald Trump. Quem partilha da mesma opinião é o antigo chefe executivo da Goldman Sachs que publicou no Twitter que “dentro de algumas semanas as pessoas com baixo risco de contrair o vírus deveriam regressar ao trabalho”. Gary Cohn, antigo conselheiro económico de Trump, também concorda com o presidente americano. “É tempo de começarmos a discutir a data para a economia regressar à normalidade”, disse no Twitter.

Já Steve Bannon, antigo secretário de Donald Trump, considera que o presidente americano deve reforçar as restrições dos americanos. “Vamos ter de enfrentar o problema de frente. Vamos ter de fechar tudo”, disse Steve Bannon à Fox News.

O vice presidente Mike Pence não se manifestou em relação ao assunto, mas foi aconselhado pelas autoridades de saúde que consideram a aplicação de medidas de restrição à população, como a única forma de travar a disseminação do vírus, na ausência de um tratamento viável.

Existem mais de 35 mil casos de covid-19 nos EUA e mais de 400 pessoas morreram devido a esta doença.