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Donos da Herdade das Servas investem nos vinhos verdes

Irmãos Serrano Mira adquirem solar erguido em 1540 pelo poeta e humanista Francisco Sá de Miranda.
15 Fevereiro 2019, 20h23

A família alentejana Serrano Mira, dona da Herdade das Servas decidiram investir na região dos vinhos verdes com a compra da emblemática quinta da Casa da Tapada, em Amares, Braga.

“A Casa da Tapada possui 24 hectares de área total: doze são de vinha, dez de mata centenária e os restantes dois de casario”, esclarece um comunicado.

O mesmo documento acrescenta que “o ano de 2018 marcou o investimento dos irmãos Carlos e Luís Serrano Mira fora do Alentejo, berço da família, herdeira de mais de uma dezena de gerações a produzir vinho na região (desde 1667) e onde possuem 350 hectares de vinha própria – Herdade das Servas, em Estremoz”.

“A equipa de enologia pôs mãos à obra e está para breve o lançamento dos primeiros vinhos desta nova geração da Casa da Tapada. Referentes à colheita de 2018, vão envergar as marcas ‘CT’ e a histórica ‘Casa da Tapada’, ambas DOC Vinho Verde. O enoturismo foi desde sempre uma aposta da família Serrano Mira, que em breve fará renascer a loja de vinhos da Casa da Tapada, cuja oferta será complementada com visitas e provas de vinhos”, adianta o referido comunicado.

“Sempre acreditámos no potencial dos Vinhos Verdes, região que dá origem a vinhos com muita frescura, o que potencia a harmonização gastronómica, ponto forte dos vinhos que produzimos. São vinhos cítricos e aromáticos, em que a acidez está bastante presente. É uma região complementar ao Alentejo. Há também o factor “memória”: em casa do nosso avô materno sempre houve Vinho Verde; um dos seus grandes amigos era lá produtor”, revelam Luís e Carlos Serrano Mira.

O comunicado assinala ainda que “o imponente solar da Casa da Tapada foi erguido em 1540 (séc. XVI) pelo poeta e conhecido humanista Francisco de Sá de Miranda – responsável pela introdução do movimento literário renascentista no nosso país –, que ali se instalou e começou a produzir vinho”.

“Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1977. Um valor histórico-cultural que pesou no investimento feito pela família Serrano Mira”, conclui o comunicado.

O valor do investimento não foi divulgado.

 

 

 

 

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