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Dragagens no Sado retomadas em novembro e concluídas até ao fim do ano

“80 % a 85% das dragagens estão feitas sem qualquer problema ambiental que dele resultou e serão retomadas em novembro”, garantiu o ministro do Ambiente e da Ação Climática no Parlamento.
  • Tiago Petinga/Lusa
20 Maio 2020, 11h42

As dragagens feitas no Estuário no Sado, para a melhoria do acesso ao porto de Setúbal, deverão ser retomadas em Novembro e estar concluídas até ao fim do ano, avançou hoje João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática.

“80 % a 85% das dragagens estão feitas sem qualquer problema ambiental que dele resultou e serão retomadas em novembro”, garantiu João Pedro Matos Fernandes. Assim, os trabalhos no estuário do Sado recomeçam em novembro e “com mais um, dois meses de trabalho, as dragagens estão concluídas”, afirmou o ministro do Ambiente e da Ação Climática.

As declarações tiveram lugar durante a audição parlamentar sobre o procedimento de pós-avaliação de impacto ambiental do Projeto de Melhoria das Acessibilidades Marítimas do Porto de Setúbal – Dragagens do Sado.

“Os trabalhos de dragagem encontram-se interrompidos até novembro, como forma de cumprir uma das medidas de Declaração de Impacte Ambiental, Interditar a realização de operações de dragagem e deposição de dragados nas épocas do ano de maior atividade biológica e maiores efetivos populacionais, entre maio e outubro, período particularmente sensível para os roazes e suas presas, para o ciclo de vida dos peixes e invertebrados estuarinos, marinhos e migradores”, explicou João Pedro Matos Fernandes.

Os trabalhos de dragagens estão parados desde fevereiro “devido a um problema técnico”, disse o ministro do Ambiente e da Ação climática. “Poderia funcionar até abril, mas percebeu-se que não fazia sentido”, referiu.

Quanto ao acompanhamento, o ministro do Ambiente e da Ação climática assegurou que está a ser garantido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e recordou que esta tem solicitado a colaboração de entidades com conhecimentos relevantes na matéria, bem como os departamentos internos da própria APA em matérias de recursos hídricos e de hidrodinâmica e hidrodinâmica costeira.

Durante a sua intervenção, João Pedro Matos Fernandes aproveitou também para negar que até ao momento tivessem morrido cetáceos devido às dragagens. “Se em 80% não morreu nenhum é de esperar que não morra mais algum nos próximos dois meses que ainda haverá de dragagens”, sublinhou.

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