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Draghi atira detalhes sobre os empréstimos de longo prazo à banca para próximas reuniões

Presidente do Banco Central Europeu não deu detalhes sobre a nova série de TLTRO. Draghi confirmou ainda que medidas para mitigar o impacto de taxas de juro ultra-baixas para os bancos estão a ser analisadas pelo Conselho de Governadores.
  • Kai Pfaffenbach/Reuters
10 Abril 2019, 14h01

Depois de uma reunião parca em novidades, Mario Draghi sinalizou que mais detalhes sobre a nova série de empréstimos de longo prazo à banca (TLTRO-III) apenas serão anunciados nas próximas reuniões.

“Os detalhes sobre os termos precisos da nova série de operações de refinanciamento de longo prazo direcionadas (TLTROs) serão comunicados numa das nossas próximas reuniões. Em particular, os preços das novas operações de TLTRO-III terão em conta os canais de transmissão da política monetária via a banca, bem como novos desenvolvimentos nas perspectivas económicas”, disse o presidente do Banco Central Europeu (BCE), em conferência de imprensa, esta quarta-feira.

Draghi confirmou ainda que o tiering, uma medida que poderá ajudar os bancos num período prolongado de taxas ultra-baixas, está a ser analisado pelo Conselho de Governadores. Neste cenário, uma taxa de depósito ‘escalada’ permitiria a alguns bancos ficarem parcialmente isentos de pagarem ao BCE uma taxa de 0,40% por ano sobre as reservas excessiva, impulsionando os lucros dos bamcos numa altura de travagem económica inesperada.

“No contexto da nossa avaliação regular, também consideraremos se a preservação das implicações favoráveis das taxas de juros negativas para a economia requer a mitigação dos possíveis efeitos colaterais, se houver, na intermediação bancária”, referiu.

No encontro desta semana, o Conselho de Governadores optou por manter as taxas de juro em mínimos históricos, como esperado. “O Conselho do BCE espera que as taxas de juro diretoras do BCE se mantenham nos níveis atuais, pelo menos, até ao final de 2019 e, em qualquer caso, enquanto for necessário para assegurar a continuação da convergência sustentada da inflação no sentido de níveis abaixo, mas próximo, de 2% no médio prazo”, justificou a instituição em comunicado divulgado após a reunião.

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