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“É incompreensível este atraso”. Atrasos nas obras do IC1 levam autarca de Alcácer do Sal a criticar Governo

“Primeiro, foi-nos dito que a obra não podia avançar devido a restrições que ocorreram; depois, foi-nos dito que a empreitada se realizaria efetivamente. No entanto, e apesar de governantes terem vindo ao local e anunciado o início da obra para março de 2018, estamos em agosto e continuamos a aguardar”, conta o autarca de Alcácer do Sal.
17 Agosto 2018, 12h53

Apesar de o Ministro do Planeamento e das Infraestruturas Pedro Marques ter anunciado em 2017 que o troço do IC1, que liga Alcácer do Sal a Gândola, seria intervencionado durante os primeiros três meses de 2018, as obras ainda não arrancaram. Vitor Proença, presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, considera “incompreesnível este atraso” e, em comunicado, levanta preocupações sobre o sucedido.

“Primeiro, foi-nos dito que a obra não podia avançar devido a restrições que ocorreram; depois, foi-nos dito que a empreitada se realizaria efetivamente. No entanto, e apesar de governantes terem vindo ao local e anunciado o início da obra para março de 2018, estamos em agosto e continuamos a aguardar”, critica o autarca alentejano, lembrando que março de 2018 também foi a data confirmada pela empresa estatal Infraestruturas de Portugal.

A obras de manutenção do referido troço só foram adjudicadas em janeiro deste ano e o estaleiro em Alcácer do Sal também já estará pronto, mas o avanço dos trabalhos no IC1 continua por iniciar.

O IC1 é, infelizmente, conhecido, por ser uma estrada com um piso bastante danificado, ao longo dos cerca de 15,7 quilómetros de troço entre Alcácer do Sal e Grândola. Há muitos anos que este troço levanta preocupações, uma vez que naquela zona, fora da época estival, circulam cerca de nove mil veículos diariamente. “Os números disparam durante o verão”, assegura o comunicado da autarquia, uma vez que o IC1 é a principal via nacional de acesso ao sul do país.

Em 2017, o troço foi intervencionado com alguns trabalhos de requalificação, mas ainda é esperada uma intervenção de fundo que tem sido reivindicada pelos municípios de Alcácer do Sal e Grândola e pela Comissão de Utentes ao longo dos últimos anos, através de encontros com grupos parlamentares, reuniões com governantes, marchas lentas e manifestações.

A obra de fundo estava prevista para este ano, mas até agora nada. O edil mantém as preocupações com o atraso nas obras e garante: “Não nos vamos calar e vamos continuar a empenhar-nos para que estas obras sejam uma realidade e para que seja colocado um ponto final no capítulo negro desta que, infelizmente, é conhecida como ‘estrada da morte’”.

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