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E se Guterres tivesse avançado para Belém? “Quase de certeza” que não seria candidato, admite Marcelo

Vamos imaginar que o António Guterres era candidato a Presidente da República na altura em que eu fui. Eu quase de certeza não era candidato porque eu achava que ele cumpria essa missão melhor do que eu. Porquê concorrer contra ele? Ele cumpria melhor do que eu”, admitiu Marcelo.
9 Março 2018, 18h23

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu hoje que “quase de certeza” não teria sido candidato às presidenciais de 2016 se António Guterres tivesse avançado nessa corrida eleitoral uma vez que ele cumpriria melhor a missão.

No dia em que comemora dois anos desde a tomada de posse como Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa promove esta tarde uma aula-debate com alunos do secundário numa escola em Almada, tendo sido questionado por uma das alunas sobre o que o motivou a ser chefe de Estado.

“Vamos imaginar que o António Guterres era candidato a Presidente da República na altura em que eu fui. Eu quase de certeza não era candidato porque eu achava que ele cumpria essa missão melhor do que eu. Porquê concorrer contra ele? Ele cumpria melhor do que eu”, admitiu.

Marcelo Rebelo de Sousa tinha começado por explicar que é “crente” e teve “uma formação de base social cristã muito forte, tal como António Guterres”.

“Para nós, fazer política era – e é – uma missão, é servir os outros. E portanto só há obrigação de desempenhar um determinado cargo se houver um dever de consciência de cumprir melhor essa missão do que outros porque senão não vale a pena”, explicou.

O Presidente da República contou aos alunos que, no momento em que decidiu concorrer à Presidência da República, olhou para o país, no qual tinha nascido uma nova solução governativa na sequência das eleições legislativas de 2015.

“Naquele contexto, eu achei que para o equilíbrio global do país, talvez fosse boa ideia, com uma solução governativa à esquerda, haver quem dentro da direita fosse a esquerda da direita com capacidade de diálogo à esquerda, mas que equilibrasse o país no contexto que existia”, justificou.

Apesar de haver bons candidatos presidenciais, para Marcelo Rebelo de Sousa “não havia nenhum que pudesse cumprir essa missão” como o próprio poderia.

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