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easyJet melhora desempenho à custa da British Airways e da Ryanair

O número de passageiros da easyJet no exercício terminado a 30 de setembro passado aumentou 8,6%, para 96 milhões, devido a um aumento na capacidade, que se cifra agora em 105 milhões de assentos.
8 Outubro 2019, 17h21

A companhia aérea ‘low cost’ easyJet encerrou o exercício fiscal terminado a 30 de setembro passado com resultados antes de impostos superiores a 470 milhões de euros.

“A easyJet continuou a apresentar um desempenho alinhado com as expectativas, apesar da exigência das condições de mercado. Em resultado das nossas iniciativas de melhoria interna e do aumento da procura devido às irregularidades na British Airways, estimamos atingir um lucro global antes de impostos de 420 a 430 milhões de libras esterlinas [cerca de 470 a 482,15 milhões de euros ao câmbio atual], um valor que se situa na metade superior do intervalo anteriormente avançado”, destaca Johan Lundgren, CEO da easyJet.

O número de passageiros da easyJet no exercício em questão aumentou 8,6%, para 96 milhões, devido a um aumento na capacidade, que se cifra agora em 105 milhões de assentos.

No entanto, a taxa de ocupação da companhia aérea para o exercício terminado a 30 de setembro passado vai diminuir em 1,4 pontos percentuais, para 91,5%.

A easyJet esclarece que o número de passageiros respeita ao número de assentos ganhos voados. “Os assentos incluem assentos voados, independentemente de o passageiro aparecer ou não, como a easyJet é uma companhia aérea sem reembolso e, depois que um voo parte, um cliente que não comparece não tem direito a mudar de voo ou solicitar um reembolso. Além disso, os assentos ganhos também incluem assentos fornecidos para fins promocionais e para funcionários para viagens de negócios.

Por conseguinte, a capacidade da easyJet reporta ao número real de assentos voados.

“A receita total por assento a moeda constante do exercício vai diminuir cerca de 2,7%. A receita por assento a moeda constante no segundo semestre irá aumentar em cerca de 0,8%, um desempenho superior à nossa perspetiva anterior, que era de ‘ligeira descida’. Os fatores que contribuíram para este desempenho superior ao esperado foram as iniciativas de otimização da produtividade postas em prática no quarto trimestre e o aumento da procura devido às greves na British Airways e na Ryanair”, destaca um comunicado da transportadora aérea.

Em contrapartida, os custos globais da easyJet no exercício iniciado a 1 de outubro de 2018 deverão cifrar-se em cerca de 1.592,2 milhões de euros, “um valor que inclui o impacto adverso da taxa de câmbio e o aumento dos custos do Sistema de Comércio de Emissões”.

“O custo global para o exercício vai aumentar em cerca de 12% devido ao aumento da capacidade, ao crescimento dos custos unitários de combustível e aos movimentos adversos da taxa de câmbio. Este aumento foi parcialmente compensado pelas melhorias no custo por assento, excluindo combustível”, assinala um comunicado da easyJet.

O mesmo documento acrescenta que “o custo global por assento, excluindo combustível, a moeda constante, irá baixar em cerca de 0,8% no exercício, em linha com as perspetivas anteriores”.

“Apesar do difícil ambiente de irregularidade operacional experimentada no quarto trimestre, que incluiu o o impacto de tempestades na Europa e as dificuldades técnicas sentidas no aeroporto de Gatwick, a iniciativa de resiliência operacional foi um fator fundamental para o forte desempenho conseguido”, defende o referido comunicado.

Segundo esse documento, “a easyJet apresentou um desempenho sólido no quarto trimestre, com níveis de procura robustos por parte dos clientes e a apresentação de iniciativas de melhoria interna que proporcionaram um desempenho superior ao esperado em matéria de receita por assento e de receita acessória”.

“O nosso desempenho em matéria de custos manteve-se forte e continua em linha com as expetativas, não obstante o difícil ambiente de irregularidade operacional no quarto trimestre. A resiliência operacional foi o principal pilar do forte desempenho”, observa o mesmo comunicado.

De acordo com Johan Lundgren, “a implementação das nossas iniciativas no quarto trimestre, com vista a otimizar a produtividade, permitiu um desempenho sólido em matéria de receitas, esperando-se que o total de receitas por assento, a moeda constante, aumente no exercício”.

“Continuámos a investir na resiliência operacional, tendo o programa para este efeito sido bem-sucedido na diminuição do impacto da irregularidade operacional nas nossas operações. em resultado, esperamos apresentar uma descida do custo global por assento, excluindo combustível, a moeda constante durante o exercício”, destacou o CEO da easyJet.

Em termos de perspetivas de futuro, a easyJet destaca que as reservas, em percentagem do total de assentos vendidos, para o primeiro trimestre de 2020, “encontram-se atualmente em linha com as do período homólogo do exercício anterior e o aumento de capacidade esperado para o exercício de 2020 irá situar-se no limite inferior do nosso intervalo histórico”.

“O aumento de capacidade previsto para a easyJet para o primeiro trimestre é de cerca de 2% em termos homólogos”,  adianta a companhia aérea ‘low cost’, anunciando mais novidades para o anúncio formal dos resultados do exercício fiscal de 2019, previsto para o próximo dia 19 de novembro.

 

 

 

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