A Alemanha acordou com boas notícias. A economia alemã cresceu 0,1% no terceiro trimestre deste ano e escapou a um cenário de recessão técnica, contrariando as previsões mais pessimistas do mercado (que esperavam mais um decréscimo de 0,1%).
A maior economia da zona euro cresceu sobretudo por causa do aumento do consumo privado como público e das exportações, de acordo com a informação divulgada esta quinta-feira pelo organismo de estatística federal (Destatis).
“Comparado com o segundo trimestre, as despesas de consumo final das famílias aumentaram, assim como as do governo. As exportações aumentaram, enquanto as importações permaneceram aproximadamente no nível do trimestre anterior. Além disso, a formação bruta de capital fixo em construção aumentou em relação ao trimestre anterior. A formação bruta de capital fixo em máquinas e equipamentos, no entanto, foi menor do que no trimestre anterior”, explicou a entidade alemã.
Para os analistas do banco espanhol Bankinter, é expectável que esta tendência mais positiva se alastre aos Estados Unidos da América, principalmente se os dados de emprego baterem as expetativas (mais 215 mil do que o esperado), o que consideram “o único indicador macroeconómico relevante do dia”.
No final de agosto, o Destatis tinha informado que o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha havia contraído 0,1% entre os meses de abril e junho devido à queda das exportações do país. Contudo, esse valor foi agora revisto para 0,2%. Os analistas do CaixaBank/BPI Research alertam que, apesar do cabeçalho positivo desta manhã, a situação económica alemã continua a estar “longe de ser risonha”, e as atenções dos investidores e dos economistas deverão centrar-se na variação do PIB face ao trimestre anterior.
“Não obstante a resiliência do consumo e um ligeiro aumento da despesa pública, o setor empresarial continua a atravessar uma profunda fase de contração. De recordar que a economia alemã é extremamente sensível aos ciclos da economia global e tem sido uma das mais atingidas pelas tensões sino-americanas”, explicam, no habitual “Diário de Bolsa”.
Os mesmos analistas referem que esses efeitos negativos têm abalado o investimento e o sentimento dos empresários. É o caso da empresa química Basf e da fabricante de pneus e peças automóveis Continental, que anunciaram publicamente que não anteveem melhorias na sua atividade no futuro próximo.
Apesar do crescimento da economia alemã, a Bolsa de Frankfurt está a recuar 0,46%, para 13.169,83 pontos.
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Notícia atualizada
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