Com os protestos a ocupar uma Catalunha debilitada, o setor económico começou a demonstrar preocupações com o impacto das manifestações na atividade empresarial e está a apelar ao diálogo para resolver o conflito que se vive com a condenação dos nove líderes políticos que defendem a independência.
Os incidentes que aconteceram nas noites de segunda, terça e quarta-feira fizeram com que o setor económico ligasse os alarmes de implicações mais graves. A associação de empregadores catalães, Fomento del Trabajo, criticou duramente o papel da Generalitat ao longo dos dias de manifestações, avança o ‘Expansión’ esta quinta-feira, 17 de outubro.
A organização dos empregadores lembrou o Executivo de Quim Torra que tem a obrigação de “preservar a segurança do cidadão e o normal funcionamento dos serviços públicos”. “Incentivar mobilizações representa uma extrema contradição que leva ao confronto entre manifestantes e forças de segurança”, alertou o presidente da Fomento del Trabajo.
O presidente da empresa têxtil Acotex relembrou as manifestações de independência em 2017 e revelou que nessa altura o comércio diminuiu cerca de 30% em toda a cidade. Também o presidente da associação de fabricantes assumiu que “nada prejudica mais o consumo do que a instabilidade política”. Outra empresa solicitou apenas a livre circulação de pessoas e bens.
O setor da hotelaria também demonstrou alguma preocupação, prevendo poucas reservas enquanto as manifestações acontecerem. “A pior ameaça para o setor é a perceção de insegurança”, sustentou o vice-presidente da associação Exceltur. O presidente da Câmara de Barcelona, Joan Canadell, culpou “o Estado espanhol” pelas mobilizações independentistas que têm acontecido em vários pontos da cidade.
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