O Produto Interno Bruto de Portugal expandiu 2,1%, em termos homólogos, no primeiro trimestre do ano, segundo dados publicados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor representa uma desaceleração face aos 2,4% registados no quarto trimestre de 2017.
A variação trimestral, ou seja, em cadeia, foi de 0,4%, acrescentou o INE.
Os economistas consultados pelo Jornal Económico apontavam para um crescimento homólogo de entre 2% e 2,3%, e uma expansão em cadeia de entre 0,35% e 0,7%, com a desaceleração provocada pelo abrandamento do investimento e das exportações.
“O Produto Interno em termos homólogos, aumentou 2,1% em volume no 1º trimestre de 2018 (2,4% no trimestre anterior). A procura externa líquida registou um contributo mais negativo, em resultado da desaceleração mais acentuada das exportações de bens e serviços que a registada nas importações de Bens e Serviços”, referiu o INE.
Acrescentou que o contributo positivo da procura interna estabilizou no primeiro trimestre, verificando-se uma ligeira desaceleração do consumo privado, enquanto o Investimento apresentou um crescimento ligeiramente mais acentuado, determinado pelo comportamento da variação de existências, refletindo o efeito base do contributo negativo verificado no primeiro trimestre de 2017.
Em relação ao crescimento em cadeia, o INE explicou “o contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB foi negativo, após ter sido positivo no trimestre anterior, observando-se um aumento das Importações de Bens e Serviços superior ao das Exportações de Bens e Serviços”.
“O contributo positivo da procura interna aumentou no primeiro trimestre, em resultado da aceleração da Formação Bruta de Capital Fixo e do consumo privado”, concluiu.
Os números do primeiro trimestre reforçam a ideia de que, após o crescimento mais rápido do século (2,7%) em 2017, a economia portuguesa deverá crescer a um ritmo mais lento, ainda que acima de 2%. Os economistas consultados pelo Jornal Económico apontam para um crescimento em 2018 entre 2% e 2,4%, aproximando-se das estimativas tanto do Governo como das instituições internacionais.
[Atualizada às 9h36]
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