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Onde investem os mais ricos do mundo?

Quem quiser enriquecer pela gestão de ativos tem duas opções: segue regras bem definidas, ou ‘copia’ os investidores com provas dadas. Aqui ficam preciosas dicas para as duas vertentes.
  • Brendan McDermid/Reuters
27 Dezembro 2018, 09h00

Quando alguém fala nos investimentos que os homens mais ricos do mundo fazem para ficarem um pouco mais ricos, é impossível que um nome não acabe por ser indiciado: Warren Buffett. O norte-americano tem, no planeta, aquilo que de mais parecido há com o toque do Rei Midas (que acabou por morrer de fome, é certo), mas personagens como Bill Gates, Jeff Bezos ou o húngaro George Soros parecem ter a capacidade de antecipar aquilo que vai ‘estar a dar’ no futuro a curto ou médio prazo.

Se houvesse uma regra para se perceber qual é o racional do pensamento daqueles investidores, éramos todos ricos. Alternativamente, quem quer chegar à fortuna sem ter que se esforçar fisicamente, o melhor é adquirir alguns princípios que, quando bem geridos e misturados num ‘blend’ de sucesso, podem fazer a diferença entre a riqueza e a pobreza.

Resumem-se principalmente a três, os princípios que devem nortear os investimentos privados em ativos – sendo certo que os mais ricos do mundo preferem ativos mobiliários ao tijolo. A diversificação desses ativos é a primeira regra: de modo a que a carteira de investimentos tenha risco reduzido, a opção deve ser por diferentes empresas e setores.

O nível de risco é outro dado importante: seja qual for o ativo escolhido, existe sempre um nível de risco associado e uma forma de proteção contra esse risco é assumir diferentes percentagens de participação na hora de investir. A escolha é feita de acordo com uma estratégia de valor (investir em empresas cujas ações estejam desvalorizadas face ao valor real que lhe é percebido); ou alternativamente com uma estratégia de crescimento (procura de empresas com grande potencial de crescimento)

A terceira regra tem a ver com o tempo: o longo prazo (acima de cinco anos) continua a ser a melhor opção – potencia os lucros e permite dividendos.

Outra estratégia – bem mais simples – é ‘imitar’ o que faz quem sabe. É isso mesmo que muitos investidores fazem – por uma razão simples (apesar de essa ser uma regra de que as empresas consultoras de investimento não costumam falar): o dinheiro dos grandes investidores chama outros investidores e, pelo menos no imediato, replicar esses investimentos tem um risco reduzido.

O melhor, por isso, é atender à lista dos mais recentes investimentos destes investidores. Warren Buffett investe em ações de mais de quarenta empresas de vários setores – entre as quais a Kraft Heinz, Wells Fargo, Coca-Cola, IBM e American Express. As suas percentagens de participação vão desde os 0,01 aos 16,45%.

Já Bill Gates optou por participações num número mais reduzido de empresas. Waste Management, Canadian National Railway, Walmart, Caterpillar e Berkshire Hathaway são os nomes mais sonantes – com destaque para o último, que é precisamente a ‘empresa-mãe’ do grupo de Warren Buffett (deve ser a empresa de menor risco do mundo!).

Jeff Bezos é o mais novo de todos e os investimentos disso dão conta: Twitter, TeachStreet, ZocDoc e NextDoor fazem parte do seu portefólio, bem mais exposto às tecnológicas e aos serviços em rede.

George Soros permanece uma incógnita. O rei dos futuros e derivados tem a sua fortuna acantonada numa fundação (a Open Society Fundation), o que tornou os seus investimentos mais opacos e as suas opções menos repelicáveis – até porque parte delas parecem estar a ser dirigidas para fins políticos.

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