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EcoXperience vai produzir detergentes ecológicos a partir de óleos alimentares usados

A startup, nascida na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, obteve 700 mil euros de financiamento do PT2020.
24 Julho 2018, 07h25

A EcoXperience, startup formada em 2016 por um grupo de químicos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), acaba de obter 700 mil euros de financiamento do Programa PT2020 para desenvolver detergentes ecológicos a partir de óleos alimentares usados.

O dinheiro vai ser aplicado no desenvolvimento da One-N-Done: uma cápsula 100% “verde” que converte os óleos alimentares usados, um resíduo altamente poluente (um litro de óleo contamina até um milhsão de litros de água) em diferentes detergentes (lava chão, limpa vidros, sabonetes, lava loiça, entre outros), de forma praticamente automática e a baixo custo.

O projeto, que envolve uma dezena de investigadores do departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, a Tecnocanto e o grupo Sonae, prevê que a cápsula esteja no mercado dentro de dois anos, uma vez que a EcoXperience já criou uma tecnologia para transformar os óleos usados em agentes de limpeza através de uma proteína que funciona como biocatalizador.

Esta tecnologia, em processo de patenteamento, recorre a uma proteína existente no corpo humano, produzida pelo pâncreas para processar as gorduras ingeridas.

Na prática, explicam explicam César Henriques e Filipe Antunes, dois dos fundadores da startup: “A fórmula desenvolvida pela EcoXperience, em parceria com a Universidade de Coimbra, mimetiza o que acontece no corpo humano, ou seja, transforma os triglicerídeos presentes nos óleos usados em novos componentes.”

Os detergentes servirão tanto para o setor industrial como para uso doméstico.

A pensar já na internacionalização, a EcoXperience está já a efetuar um levantamento de todos os tipos de óleos que são usados a nível mundial. O objetivo é encontrar uma solução para cada zona geográfica do globo ou mesmo desenvolver uma fórmula universal, adiantam ainda os empreendedores.

 

 

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