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EDP Renováveis: Preços do leilão de energia solar “não permitem uma adequada rentabilização do capital”

Para o futuro, a companhia presidida por João Manso Neto garante que está disponível para voltar a participar neste tipo de leilões no país.
1 Agosto 2019, 07h55

A EDP Renováveis foi a jogo no leilão de energia solar, mas não arrematou nenhum dos lotes em que participou. Num balanço feito após a conclusão do processo, destaca que os preços finais ficaram abaixo dos níveis mínimos de rentabilidade exigidos pela elétrica.

“A EDP Renováveis aprecia o sistema de leilão de energia solar levado a cabo pelo Estado português.  Ainda assim, e segundo os critérios utilizados mundialmente pela empresa nos mercados em que está presente, os preços finais não permitem uma adequada rentabilização do capital necessário ao investimento”, disse fonte oficial da EDP Renováveis ao Jornal Económico.

Para o futuro, a companhia presidida por João Manso Neto garante que está disponível para voltar a participar neste tipo de leilões no país. “Continuamos disponíveis para investir em Portugal, nomeadamente participando em leilões futuros.”

Dos 1.400 megawatts (MW) de atribuição de potência que estavam disponíveis para este leilão, foram atribuídos 1.150 megawatts (MW). Deste total, 800 MW atribuídos dizem respeito à tarifa fixa, e 300 MW não têm tarifa.

Governo destaca ganhos de 600 milhões para os consumidores

O Governo, por sua parte, destacou os ganhos de 600 milhões de euros para os consumidores devido aos preços obtidos no leilão de energia solar.

“Os consumidores – seja por via de uma tarifa fixa muito baixa, seja por via de um pagamento ao sistema -, vão ter um valor atual líquido, de todo este leilão agregado, de 600 milhões de euros ao longo de 15 anos”, disse o secretário de Estado da Energia ao Jornal Económico.

“Imaginemos que o preço de mercado está a 40 euros: como os produtores vendem a  20 euros, os consumidores ganham 20 euros. No outro regime, os consumidores ganham o que as empresas pagam ao sistema, o valor agregado desses benefícios todos, tudo somado, dá 600 milhões de euros para os consumidores portugueses em 15 anos”, segundo João Galamba.

“Nós fizemos um modelo único no mundo porque foi o primeiro leilão do mundo a colocar em concorrência directa tarifas fixas e tarifas de mercado com contribuição ao sistema. Nunca tinha havido um leilão assim no mundo, este foi o primeiro”, afirmou.

https://jornaleconomico.pt/noticias/joao-galamba-leilao-de-energia-solar-vai-devolver-600-milhoes-aos-consumidores-473744

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