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EDP e CTT com metas de redução de emissões de gases reconhecidas internacionalmente

Mais de cem empresas de 23 países, incluindo a EDP e os CTT, têm as suas metas de redução de emissões de gases com efeito de estufa aprovadas por uma iniciativa internacional, seguindo os objetivos do Acordo de Paris.
17 Abril 2018, 00h21

Mais de cem empresas de 23 países, incluindo a EDP e os CTT, têm as suas metas de redução de emissões de gases com efeito de estufa aprovadas por uma iniciativa internacional, seguindo os objetivos do Acordo de Paris.

Os Estados Unidos são o país mais representado neste grupo, com 24 empresas, enquanto os estados-membros da União Europeia (UE), com 57 adesões, têm cerca de metade das 103 companhias com metas já reconhecidas pelo projeto Objetivos Baseados na Ciência.

Esta iniciativa junta a United Nations Global Compact (que reúne presidentes de empresas no compromisso de seguir os objetivos de sustentabilidade da ONU), a CDP – Disclosure Insight Action (uma plataforma internacional de divulgação ambiental), o World Resources Institute e a organização internacional de defesa da natureza WWF.

Os CTT – Correios de Portugal e a EDP são as duas empresas portuguesas que estão na lista daquelas que se comprometeram a reduzir emissões, juntando-se a multinacionais como a Eletrolux, L´Oréal, McDonald´s ou a Sony.

“Mais de 270 empresas já se comprometeram publicamente relativamente à iniciativa Objetivos Baseados na Ciência, e é esperado que mais centenas o façam”, sendo depois avaliadas pelo projeto, refere um comunicado hoje divulgado pela CDP.

As 103 empresas reconhecidas “estão já a trabalhar para as metas de redução de emissões alinhadas com o que a ciência climática diz ser necessário para prevenir o perigoso aquecimento global”, acrescenta a informação.

São 28 os setores representados, sendo o maior número de empresas da área da alimentação e bebidas, com 14, produtos de consumo (dez) e tecnologia (nove).

A iniciativa pretende ajudar as empresas na definição de um caminho que as leve à redução de emissões, seguindo a meta estipulada no Acordo de Paris sobre o clima para conseguir limitar a subida da temperatura média do planeta a 2º Celsius comparativamente aos valores da época pré-industrial.

Entre os países com mais empresas na iniciativa internacional estão ainda o Japão (15) e o Reino Unido (11).

As emissões de gases com efeito de estufa totais anuais destas empresas, que totalizam 404 megatoneladas de dióxido de carbono equivalente, são semelhantes às de cem unidades de produção de energia a carvão.

Estas empresas representam um valor de mercado de 3,4 biliões de dólares (2,8 biliões de euros).

“As notícias atuais mostram que as metas baseadas na ciência estão a tornar-se rapidamente ‘a nova normalidade’ para os negócios que procuram ganhar vantagem competitiva na transição para uma economia de baixo carbono, [o que] demonstra que empresas de vários setores estão prontas a seguir os objetivos do Acordo de Paris e a reconhecer o forte imperativo de fazê-lo”, defende a responsável de programas da United Nations Global Compact, Lila Karbassi, citada no comunicado.

O compromisso das empresas “envia um sinal forte aos governos em todo o mundo de que podem estar confiantes em aumentar a sua própria ambição”, acrescenta.

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