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EDP e REN lideram subidas em Lisboa. Petróleo ajuda a impulsionar Europa

O verde manteve-se na negociação europeia e foi transversal a praticamente todos os setores de atividade. “O das Utilities esteve em destaque, liderando os ganhos na Europa, aproveitado pelas nacionais REN e EDP, ambas com volume bastante forte”, salienta o analista da Mtrader que associa à subida dos preços do petróleo.
  • John Gress/Reuters
29 Janeiro 2019, 17h28

O PSI 20 fechou em alta (+0,40% para 5.110,44 pontos) acompanhando a tónica que dominou em todas as principais praças europeias.

Destacaram-se a subida da REN (+1,63% para 2,618 euros); da EDP (+1,39% para 3,131 euros); da Altri que subiu 1,29% para 7,090 euros e da Corticeira Amorim (+1,25% para 9,71 euros).

“O setor das Utilities esteve em destaque, liderando os ganhos na Europa, aproveitado pelas nacionais REN e EDP, ambas com volume bastante forte. Outros setores com valorização expressiva foram os de Bens de consumo e o Energético, que esteve impulsionado pela subida dos preços do petróleo. Já o Tecnológico e o Auto travaram ganhos superiores”, explicou na sua análise Ramiro Loureiro, analista da Mtrader do Grupo BCP.

A Bolsa de Lisboa só não subiu mais porque as ações da Mota-Engil caíram -2,77% para 1,898 euros; e as da Sonae desceram  -1,88% para 0,912 euros.

As ações da Pharol subiram 1,33% um dia depois de se saber que a ex-PT SGPS passará a deter 5,51% do Capital da Oi após participação em aumento de Capital. Tudo porque a Pharol subscreveu 127.548.955 novas ações da Oi no âmbito do aumento do capital. Ora nos termos do Acordo celebrado entre a Pharol e a Oi, a operadora brasileira realizou um pagamento de 25 milhões de euros, o que permitiu a subscrição de 85.721.774 novas ações.

Com recurso a fundos próprios, a Pharol subscreveu ainda 41.827.181 novas ações. O acordo celebrado prevê também a entrega futura de 33,8 milhões de ações existentes na Tesouraria da Oi. A somar às 166.710.904 ações detidas anteriormente, caso o Acordo seja homologado e estas operações venham a produzir efeitos, a Pharol passará a ser titular de 328.059.859 ações, representativas de 5,51% do capital social da Oi, relata a Mtrader na sua análise de hoje.

Na Europa, os investidores vão mostrando otimismo enquanto aguardam por eventos importantes para os mercados.

Desde logo a marcar a sessão de hoje está o Brexit. O plano alternativo de Theresa May que vai ser votado hoje no parlamento. “Theresa May garantiu ao Parlamento que conseguia mudanças vinculativas ao mecanismo de salvaguarda para a fronteira irlandesa junto de Bruxelas, algo que parece já ter sido rejeitado por Juncker. A votação do plano B de May terá lugar depois das 19h”, diz o analista.

“Destaca-se a proposta da deputada trabalhista Yvette Cooper e que pressupõe se até 26 de fevereiro não tiver sido alcançado nenhum acordo, então que o Brexit seja adiado por um período de 9 meses”, escreveu também Ramiro Loureiro na sua análise aos mercados europeus.

Para além do Brexit, a sessão foi marcada por “uma agenda de resultados bastante preenchida”, diz o analista da Mtrader que destaca os resultados da Apple após o fecho em Wall Street.

“Na Europa, a Philips e a SAP divergem em termos de sentimento após os números divulgados. O setor Auto foi dos poucos que pisou o vermelho depois dos estímulos apresentados pelo Governo chinês para o mercado automóvel desiludirem”, diz o analista.

As ações da Volskwagen caíram -1,42%; as da Daimler (-0,36%); e as da BMW desceram -0,18%.

A valorização dos preços do petróleo suportou o ambiente de otimismo perante as sanções dos EUA à petrolífera estatal venezuelana. “A não esquecer esta semana o regresso das negociações entre os EUA e a China no âmbito da guerra comercial, mais um tema para digerir”, disse o analista da Mtrader.

O petróleo Brent em Londres sobe 2,6% para 61,49 dólares e o crude WTI nos EUA valoriza 2,67% para 53,38 dólares.

O euro caiu face ao dólar 0,06% para 1,1421 dólares.

Nas bonds destaque para a dívida alemã a 10 anos que cai 0,5 pontos base para 0,20%, ao passo que a dívida da República Portuguesa sobe 2 pontos base para 1,668%. Os outros periféricos estão a ter comportamentos distintos. A dívida espanhola sobe 1,8 pontos base para 1,238% e a italiana cai 3,2 pontos base para 2,633%.

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