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EDP investe em 4 startups e desenvolve nove parcerias no programa mundial para startups de energia

“Este espírito de partilha de ideias do Free Electrons é essencial num setor que se encontra em plena revolução e a uma velocidade sem precedentes”, disse António Mexia. A SOLshare, do Bangladesh, é a grande vencedora da segunda edição do Free Electrons.
  • Cristina Bernardo
8 Outubro 2018, 16h30

A empresa liderada por António Mexia EDP vai investir em 4 projetos de start-up de energia e desenvolver 9 parcerias no Free Electrons.

Para além de que edp do Bangladesh, ter sido a grande vencedora da segunda edição do Free Electrons, tendo-lhe sido atribuído o prémio de 174 mil euros (200 mil dólares) na grande final, em Berlim. E ter sido nesta start-up que a EDP Ventures investiu no mês passado.

Este programa Free Electron foi fundado em 2017 por 8 utilities de 3 continentes, com o objetivo de criar sinergias entre os projetos que estão a ser desenvolvidos por startups inovadoras de todo o mundo e as empresas que lideram o mercado elétrico.

Os membros fundadores do Free Electrons são AusNet Services (Austrália), DEWA (Dubai), EDP (Portugal), ESB (Irlanda), Innogy (Alemanha), Origin Energy (Austrália), SP Group (Singapura) e Tokyo Electric Power Company (Japão). Na edição deste ano, a American Electric Power (EUA) e a CLP (Hong Kong) juntaram-se ao programa, que é acelerado pela portuguesa Beta-i.

Em comunicado a EDP diz que edição de 2018 do Free Electrons superou os números do ano passado: 515 candidaturas, de 65 países, duas novas utilities (American Eletric Power e CLP), 15 startups finalistas, mais projetos-piloto e mais investimentos.

“O Free Electrons, o programa mundial de aceleração que liga as mais promissoras startups a 10 das maiores elétricas internacionais, terminou a edição deste ano com um número de 43 projetos-piloto desenvolvidos entre as várias empresas”, diz a EDP que foi a utility que mais se destacou, “ao potenciar nove pilotos com startups de todo o mundo, de áreas diversificadas como a inteligência preditiva, o blockchain ou a cibersegurança”, lê-se no comunicado.

“Em apenas seis meses, os negócios realizados entre as elétricas e as startups ultrapassaram os 2,7 milhões de euros, um investimento por parte das utilities que representa 38% a mais do que em 2017”, diz a empresa.

O CEO da EDP, António Mexia, “acompanhou o pitch final das 15 startups e a escolha do grande vencedor” e em comunicado diz que “o segredo já não é a alma do negócio. Este espírito de partilha de ideias do Free Electrons é essencial num setor que se encontra em plena revolução e a uma velocidade sem precedentes. Foi entusiasmante fazer parte desta semana e ver reconhecido por todos que a nossa equipa foi aquela que deu mais alma a este programa, comprovando uma vez mais o forte espírito de abertura e inovação do grupo EDP”, destaca António Mexia.

“A edição deste ano do Free Electrons foi um verdadeiro sucesso. Encontrámos startups com um enorme potencial para nos ajudarem a mantermo-nos na linha da frente da revolução no setor energético. Com elas, desenvolvemos projetos que nos vão ajudar a levar a inovação para outro patamar, e investimos em startups com muito potencial”, destacou Luís Manuel, administrador da EDP Inovação.

Para além dos negócios fechados durante os seis meses de programa, o quarto e último módulo do Free Electrons terminou com a escolha do grande vencedor de 2018, a SOLshare.

As utilities destacam o trabalho da startup vencedora, que está a revolucionar o mercado de energia do Bangladesh: a SOLshare desenvolveu e comercializa produtos que são instalados em casas com sistemas de geração distribuída, como painéis solares, e que permitem a transação de créditos de energia entre habitações. Estas soluções vão ser instaladas em mais de 5.000 casas do Bangladesh, o país que tem cinco milhões de pequenos sistemas solares em residências e mais de 50 milhões de pessoas que ainda não têm acesso à rede elétrica.

“Sentimo-nos muito humildes, mas ao mesmo tempo muito orgulhosos por termos vencido. O Free Electrons foi uma experiência intensa de aprendizagem mútua. Queremos agradecer a todos por terem acreditado em nós. A nossa vitória é uma homenagem ao povo do Bangladesh, pela sua resiliência contra todas as adversidades”, diz Sebastian Groh, CEO da SOLshare.

O programa começou a edição de 2018 com um bootcamp em Lisboa, em que participaram 30 statups, seguido de um primeiro modulo em Sydney/Austrália, onde foram desenvolvidos os primeiros projetos-piloto. No segundo módulo, em Sillycon Valley, as parcerias entre utilities e startups aprofundaram-se, e o resultado final foi apresentado no terceiro e último modulo, em Berlim, potenciado pela Innogy.

As 15 startups finalistas são Adaptricity (Suíça), EQuota (China), Fresh Energy (Alemanha), Greenbird (Noruega), GridCure (EUA), GridWatch (Irlanda), Howz (Reino Unido), Jungle.ai (Portugal), Kinsensum (EUA), Loqr (Portugal), Orison, Relectrify (Austrália), SOLshare (Bangladesh), Sterblue (França), Verv (Reino Unido).

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