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Elisa Ferreira revela que há “diversos interessados”no Montepio

Na COFMA Elisa Ferreira tinha dito aos deputados que “falta estabilizar um banco, que não é sistémico mas é prioritário, que é a Caixa Económica Montepio Geral”. Aos jornalistas, citados pela Lusa, disse que há mais interessados no Montepio e que alguns podem ser europeus.
27 Junho 2017, 18h30

A administradora do Banco de Portugal Elisa Ferreira avançou hoje que, além da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, “há diversos investidores potenciais que já revelaram interesse em participar no capital do Montepio. Vamos ver o que é que os acionistas decidem, portanto, isso não é da nossa competência, obviamente. Estamos só a acompanhar o banco”, revelou à margem da audição parlamentar aos jornalistas, citada pela Lusa.

E reforçou: “Posso garantir que, potencialmente, fomos contactados por mais [investidores, além da Santa Casa]. Em termos de informação apenas, que é a única competência que temos. Mas isso é um assunto que nos extravasa completamente”.

Questionada sobre se as entidades que mostraram interesse no Montepio são só portuguesas ou também estrangeiras, Elisa Ferreira vincou que “no mercado único europeu essa expressão não se coloca [de serem estrangeiros]”. Recorde-se que o Jornal Económico deu em primeira-mão que havia contactos com bancos mutualistas europeus para entrarem no capital da Caixa Económica Montepio Geral.

“Dito isso, o que eu posso dizer é que as nossas competências são sobre o banco e que, de facto, o banco está a seguir uma trajetória de estabilização e esperamos que ela tenha sucesso”, sublinhou.

A administradora do Banco de Portugal, responsável pelo pelouro da supervisão bancária, não quis avançar com os prazos previstos para a conclusão deste processo, ainda que tenha referido que é esperado que a entrada de um ou mais novos acionistas no Montepio ocorra a curto prazo.

“É mau estar a antecipar prazos que nós não controlamos”, disse Elisa Ferreira, no final da sua audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), no âmbito da sua promoção a vice-governadora do banco central português.

“Estamos a acompanhar o processo, estamos todos os dias em contacto a verificar o que é que se passa com o Montepio. Está um processo em curso e, neste momento, já há condições para se materializar a entrada de um novo acionista”, realçou.

Segundo Elisa Ferreira, “começam a concretizar-se [as condições para o reforço acionista do Montepio]. Faltam pequeninos detalhes, mas o essencial – que era a transformação em sociedade anónima – está feita”. E rematou: “Nós estamos a trabalhar com o Montepio em permanência e penso que a breve prazo a situação ficará totalmente reforçada, robustecida, para uma longa vida do Montepio. É isso que eu espero que aconteça”.

Na COFMA tinha dito que “falta estabilizar um banco, que não é sistémico mas é prioritário, que é a Caixa Económica Montepio Geral”.

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