Em 2017, o volume do emprego cresceu para o nível mais elevado desde 2011. No ano passado, estavam empregados aproximadamente 4,5 milhões de trabalhadores, o que significa um aumento de 143 mil ingressos no mercado de trabalho entre 2016 e 2017. Os números foram apresentados esta terça-feira, dia 26 de junho, com a publicação do Relatório sobre o Emprego e Formação Profissional em Portugal continental, onde esteve presente o secretário de estado do Emprego, Miguel Cabrita.
Emprego com “ano positivo”
Para o governante, “2017 foi inequivocamente um ano positivo do ponto de vista do emprego e, em geral, para a economia e sociedade portuguesas” e frisou que “é difícil encontrar dados em sentido contrário”.
Na comparação com o ano de 2016, em 2017 o número de empregados cresceu nos principais setores de atividade. Em 2017, os serviços permaneceram como o maior empregador da população empregada em Portugal, com uma taxa de emprego de 68,5%, o que representa um acréscimo de 3,8% em relação a 2016. Na indústria, construção, energia e água trabalha cerca de um quarto da população empregada, tendo crescido 4,2% entre 2016 e 2017. Finalmente, 6,2% dos trabalhadores exercem a sua atividade na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, tendo aumentado 5,4% em igual período.
Outro dado relevante avançado pelo relatório prende-se com a qualidade do emprego, nomeadamente com o tempo dos contratos de trabalho, que Miguel Cabrita frisou. Entre 2016 e 2017, os contratos sem termo cresceram mais que os contratos de trabalho a termo, 4,7 e 3,3%, respetivamente, o que aconteceu pela “primeira vez em vários anos”, explicou o secretário de estado. Assim, em 2017, quase 3 milhões dos trabalhadores por conta de outrem tinham contratos sem termo enquanto 700 mil trabalhadores eram contratados a termo.
Também o emprego jovem registou melhorias entre 2016 e 2017. Segundo Miguel Cabrita, em 2017 “houve um forte crescimento do emprego jovem, que cresceu 7,7%, quando o emprego, [em geral], cresceu 3%”. O relatório avança ainda que foi a “primeira vez na última década” que se registou um aumento da taxa de emprego jovem, entre os 15 e os 34 anos.
Desemprego
O nível do desemprego baixou dois pontos percentuais de 2016 para 2017, situando-se nos 8,8% da população ativa. Embora Portugal tenha registado, no ano passado, uma taxa de desemprego mais próxima da média da União Europeia (UE), a taxa de desemprego portuguesa era ainda superior à média da UE em 1,4%.
No ano passado, “estavam desempregadas 438 mil pessoas, um decréscimo de 19,3%, relativamente ao ano anterior”, lê-se no relatório.
Em relação aos níveis de ensino, quanto maior o nível de ensino, menor a taxa de emprego. Assim, 6,5% da população ativa com formação superior estava desempregada, um número inferior quando comparado com as taxas de desemprego da população ativa com ensino básico (9,5%) e com o ensino secundário (9,9%).
Entre os desempregados, 52.4 mil pessoas (12%) procuram o primeiro emprego, enquanto 385.6 mil (88%) pessoas procuravam novo emprego.
Salário
Em relação aos salários praticados em Portugal continental, os dados avançados pelo relatório remontam apenas até 2016. Assim, o valor médio da renumeração mensal para os trabalhadores por conta de outrem, que trabalhavam a tempo inteiro, era de 924,94 euros. Entre estes, 52,5% situavam-se no escalão remuneratório dos “600 aos 999,99 euros”.
A remuneração média mensal para os trabalhadores a tempo completo da administração pública situava-se, em 2017, nos 1.695,4 euros enquanto os trabalhadores das empresas públicas detidas pela administração mensal auferiam 2.100,29 euros. Os trabalhadores da administração local recebiam, em média, 1.050,86 euros por mês.
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