Uma empresa alemã está a ser investigada por fraude, depois de, alegadamente, enganar e roubar o magnata norte-americano Warren Buffett, avança o ‘The Guardian’. A alegada fraude aconteceu quando o investidor pagou, pelo menos, quatro vezes mais pelo negócio ao utilizar o programa photoshop para modificar faturas e pedidos.
O negócio aconteceu em fevereiro de 2017, quando a empresa de Buffett, a Berkshire Hathaway, pagou 800 milhões de euros para adquirir a empresa Wilhelm Schulz, uma fabricante familiar de aço inoxidável. Esta foi uma das raras aquisições do magnata no que trata ao universo das empresas geridas por familiares.
De acordo com o ‘The Guardian’, as suspeitas foram levantadas após uma denúncia anónima em maio do mesmo ano, sendo que o processo apenas avançou este ano.
Depois desta denúncia, a empresa gerida por Buffett começou a investigar a autenticidade dos documentos que lhe tinham sido apresentados, questionando-se se os documentos tinham sido manipulados para criar a impressão da empresa ser um negócio em expansão. Na realidade, segundo a publicação, a empresa alemã estava em risco de insolvência.
Um tribunal arbitral de Nova Iorque afirmou que a empresa familiar alemã atraiu vários investidores com o propósito de os enganar, despistando-os com vários documentos falsificados. “Isto não é um caso fechado”, afirmou o painel do tribunal, sustentando que “as provas apontam fortemente para fraude, e à poucas provas que sugiram o contrário”.
O jornal alemão ‘Handelsblatt’ aponta que os empregados da empresa familiar inflacionaram o Ebitda (ganhos antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ao editar no programa Photoshop os ganhos de outras empresas, criando então faturas e pedidos falsos, que acabaram por fazer com que a Berkshire Hathaway avançasse para a compra. No total, foram falsificados 47 negócios.
Segundo o tribunal dos Estados Unidos, o negócio realizado pela empresa de Warren Buffett valia apenas 157 milhões de euros, e ordenou que a Wilhelm Schulz pagasse a diferença de 643 milhões de euros. No entanto, os proprietário familiares já vieram a público negar todas as alegações de fraude.
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