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Empresas aumentaram autonomia financeira e diminuíram dívidas em 2017

O capital próprio das empresas em percentagem do ativo subiu para 33,2%, enquanto o peso dos empréstimos no total reduziu-se para 31,3%, revela o Banco de Portugal.
  • Stefano Rellandini/Reuters
20 Novembro 2018, 13h05

A autonomia financeiras das empresas portuguesas aumentou no ano passado. Segundo dados publicados nesta terça-feira, 20 de novembro, pelo Banco de Portugal (BdP), o capital próprio em percentagem do ativo (autonomia financeira) subiu 1 ponto percentual (pp) para 33,2%, em 2017 face ao ano anterior, enquanto o peso dos empréstimos no total reduziu-se 1,3 p.p, para 31,3%.

A rendibilidade dos capitais próprios das empresas não financeiras privadas, em 2017, situou-se em 9%, ou seja, mais 2,2 pp que no ano anterior. O BdP explica que este aumento “foi impulsionado” pela rendibilidade das PME, que aumentou 3pp, para 7,8%.

Já a percentagem de empresas com capital próprio negativo reduziu-se em 0,4 p.p., para 26,5%. “A redução do endividamento e do custo da dívida (juros suportados/financiamentos obtidos) e o aumento da rendibilidade resultaram numa melhoria generalizada dos rácios de financiamento. Em particular, o rácio de cobertura de gastos de financiamento (EBITDA/gastos de financiamento) passou de 5  para 6,1”, explica o regulador bancário.

Sobre os indicadores de risco, a instituição sublinha ainda que, no ano passado, verificou-se uma redução das percentagens de empresas com EBITDA negativo (-1,0 pp para 30,3%), com gastos de financiamento superiores ao EBITDA (-1,1 pp para 14, 7%), com resultados líquidos negativos (-1,3 pp para 36,2%) e com capital próprio negativo (-0,4 pp, para 26,5%).

Por dimensão e setor de atividade o BdP destaca as PME e o alojamento e restauração que, em geral, apresentaram maiores percentagens de empresas com aqueles indicadores de risco.

Segundo o BdP, as estatísticas agora publicadas incorporam os dados recolhidos na Informação Empresarial Simplificada (IES), relativa a 2017. “Os indicadores foram ainda revistos para todo o período disponível de modo a incorporar estimativas de não resposta e harmonização de conceitos com os dados que serão publicados nos Quadros do Setor até ao final do mês”, explica o banco central.

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