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Empresas de componentes auto temem saída da Autoeuropa de Portugal

As empresas de componentes automóveis temem o futuro, caso o conflito laboral em curso na Autoeuropa não seja resolvido. Os empresários afirmam que a Volkswagen pode facilmente construir carros noutras fábricas e, em geral, consideram reduzir a força laboral.
  • Luis Viegas
7 Setembro 2017, 11h36

Os empresários do setor dos componentes automóveis em Portugal, afirmam, através da AFIA, a associação que os representa, temer o resultado do conflito laboral na Autoeuropa, considerando a possibilidade de a Volkswagen se afastar de Portugal.

A associação – que representa muitas das empresas que fornecem a fábrica de Palmela – reitera o facto de a concorrência ser cada vez maior no que respeita à produção automóvel, bem como a evolução da tecnologia no seio da marca alemã, que lhe permitirá produzir os seus modelos em vários locais, diminuindo assim o número de trabalhadores necessários.

Aos microfones da TSF, Adolfo Silva, dirigente da AFIA, ressalva que o setor não depende inteiramente da Autoeuropa, pois exporta cerca de 90% da sua produção, mas afirma que a fábrica é muito importante para o setor e para a economia portuguesa. Apesar disso, diz o dirigente, o conflito laboral que atualmente se vive em Palmela é um problema extra, numa altura em que as empresas, em geral, planeiam reduzir unidades de produção e força de trabalho, “criando outro tipo de argumentos que podem facilitar a deslocalização do negócio e isso é extremamente preocupante”.

Para Adolfo Silva, “se o conflito não for resolvido de facto, a Volkswagen pode sair de Portugal, até porque a marca tem várias linhas de montagem espalhadas pela Europa, e não só, que lhe permitem construir um modelo em sítios diferentes”, diz. Além disso, conclui o dirigente, o conflito prejudica a imagem do país e afeta a captação de investimento estrangeiro.

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