[weglot_switcher]

Empresas familiares portuguesas tornaram-se ímanes para os investidores

Negócios familiares destacam-se no índice PSI 20 como as cotadas que mais valorizaram. São disso exemplo a Altri, Semapa ou Corticeira Amorim, mas a estrela é a Mota-Engil.
  • Mario Proenca/Bloomberg
20 Dezembro 2017, 15h23

As ações de empresas familiares são a melhor aposta no que diz respeito a Portugal. No índice de referência nacional PSI 20, que está a espelhar a recuperação económica do país e a registar a melhor performance anual face ao índice europeu Stoxx 600 desde 2007, seis dos sete melhores resultados são das cotadas controladas pelos fundadores ou herdeiros.

“Enquanto o risco de investir em Portugal diminui, empresas mais pequenas e familiares tornaram-se ímanes para os investidores”, explicou o gestor de fundos da Invest Iberia, Paulo Monteiro, numa análise da agência Bloomberg à Bolsa de Lisboa. “As empresas familiares oferecem uma vantagem: frequentemente têm negócios orientados para o longo-prazo”.

Os ganhos são liderados pela Mota-Engil, que já duplicou de valor desde janeiro e que é liderada por António Mota, filho do fundador da empresa. As empresas Altri (de Paulo Fernandes), Navigator e Semapa (ambas da família Queiroz Pereira) já subiram mais de 30% este ano, enquanto a Corticeira Amorim valorizou 16%.

Este ano, foram transicionadas uma média diária de 92,5 milhões de euros em ações, mais 9% que a média do ano passado, de acordo com dados da agência Bloomberg. O desempenho tem sido impulsionado, entre outros fatores, pelo crescimento do produto interno bruto (PIB), para o qual as empresas familiares tem um contributo de 50%.

“Quando os investidores olham para Portugal, encontram algumas oportunidades de investimento em pequenas e médias empresas do índice PSI 20”, referiu o trader do Banco Carregosa, João Queiroz. “Várias destas empresas acontece serem familiares, o que mostra que há um compromisso dos fundadores das empresas no negócio, o que é um bom ponto para os investidores”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.