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Empresas norte-americanas pedem resgate de dois biliões de dólares

A indústria da manufaturação é que a está a pedir o maior resgate económico, superando 1,30 biliões de dólares. Donald Trump pediu ao Congresso para aprovar um estímulo superior a um bilião de dólares.
19 Março 2020, 19h33

Da Boeing às destilarias, passando pela hotelaria, as empresas norte-americanas estão a pedir um resgate económico de dois biliões de dólares (1,87 biliões de euros), mesmo depois de Donald Trump ter garantido que pretendia dar um estímulo de 1,2 biliões de dólares (1,12 biliões de euros) aos contribuintes norte-americanos, avança a ‘Reuters’.

Assim, de acordo com a ‘Reuters’, são vários os setores que pedem um resgate superior ao que o presidente norte-americano quer entregar aos cidadão dos 50 Estados dos Estados Unidos da América.

A Associação Nacional de Fabricantes pediu a criação de um fundo de resiliência, com 1,4 biliões de dólares (1,31 biliões de euros) em empréstimos, de forma a ajudar os fabricantes e pequenas empresas. Este fundo tem como objetivo ajudar a proteger a segurança financeira dos quase 13 milhões de empregados do setor.

Os restaurantes pediram à Casa Branca e aos líderes do Congresso um pacote de 455 mil milhões de dólares (425,59 mil milhões de euros), sustentando que o setor da restauração está em risco de perder metade dos 15,6 milhões de empregos e um quarto das vendas anuais devido a este surto. A Associação Nacional da Restauração assumiu que os restaurantes podem sofrer um impacto de 225 mil milhões de dólares (210,81 mil milhões de euros) em vendas nos próximos três meses, e um quarto das vendas projetadas de 899 mil milhões de dólares (842,18 mil milhões de euros)

Também a indústria hoteleira pediu a ajuda do governo norte-americano. Os executivos da indústria dos hotéis e viagens reuniram-se Trump para discutir um potencial pacote de ajuda de 250 mil milhões de dólares (234,1 mil milhões de euros). Esta ajuda iria dividir-se, com 150 mil milhões de dólares (140,5 mil milhões de euros) em apoios diretos ao setor hoteleiro e 100 mil milhões de dólares (93,6 mil milhões de euros) para as agências de viagens, onde se incluem convenções.

A Boeing, que tem problemas financeiros desde que as aeronaves 737 MAX ficaram em terra, pediu um resgate de 60 mil milhões de dólares (56,2 mil milhões de euros), onde se incluem as garantias de empréstimos para a indústria de transformação aeroespacial. Também outras companhias aéreas norte-americanas estão a pedir um resgate de 50 mil milhões de dólares (46,9 mil milhões de euros), depois da fraca procura e do cancelamento de viagens de e para Europa durante 30 dias.

Por sua vez, os aeroportos estão a procura de 10 mil milhões de dólares (9,4 mil milhões de euros) em assistência federal para conseguirem lidar com as fortes quebras nas viagens.

A indústria de jogos de nativos norte-americanos também solicitou 18 mil milhões de dólares (16,9 mil milhões de euros) em ajuda federal, uma vez que tiveram de encerrar os casinos, que são a única fonte de receita comercial para diversas tribos. Cerca de 460 casinos de nativos estão a encerrar devido à ameaça do coronavírus.

A Amtrak, empresa de transportes ferroviários, assume a necessidade de garantir mil milhões de dólares (936 milhões de euros) em assistência, após um forte declínio de 50% nas viagens ferroviárias.

As destilarias Tennessee Guild pediram ao governador do Estado algumas medidas de alívio para compensar o golpe que a empresa está a sofrer por causa do coronavírus, uma vez que teve de interromper a produção. A empresa pediu alívio temporário para as indústrias de destilação, cervejaria e bebidas alcoólicas, ainda que não tenha sustentado a verba que necessita.

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