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Endividamento da economia volta a subir para 740 mil milhões de euros em julho

O endividamento do Estado, famílias e empresas subiu em julho, aproximando-se do máximo histórico registado em maio.
21 Setembro 2020, 10h59

O endividamento do setor não financeiro voltou a subir em julho para 740 mil milhões de euros, depois do recuo de cerca de 5 mil milhões de euros em junho face ao mês anterior, mas ainda assim muito próximo do máximo histórico de sempre de 740,7 mil milhões de euros atingido em maio.

Segundo os dados publicados pelo Banco de Portugal (BdP) nesta segunda-feira, dos 740 mil milhões de euros registados em julho, 331,4 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 408,6 mil milhões de euros ao setor privado.

O aumento de 4,6 mil milhões de euros em julho face a junho resultou sobretudo do aumento do endividamento no setor público, com um acréscimo de 3,9 mil milhões de euros, mas também com uma contribuição do setor privado (mais 0,7 mil milhões de euros).

“O incremento do endividamento do setor público refletiu-se, sobretudo, no crescimento do endividamento face ao exterior (2,7 mil milhões de euros), face ao setor financeiro (1,7 mil milhões de euros) e face às empresas (0,4 mil milhões de euros)”, explica o regulador bancário, que nota que “estes aumentos foram parcialmente compensados pela redução do endividamento perante as próprias administrações públicas (1,1 mil milhões de euros)”.

Os dados revelam ainda que no setor privado, o endividamento das empresas aumentou 0,5 mil milhões de euros, reflexo sobretudo da subida do endividamento face ao setor financeiro – em 0,8 mil milhões de euros-, “que foi parcialmente compensada pela redução do endividamento face ao exterior (de 0,3 mil milhões de euros)”, explica o BdP.

Já o endividamento das famílias perante o setor financeiro registou um acréscimo de 0,2 mil milhões de euros.

Os dados do regulador mostram ainda que em julho, “a taxa de variação anual (tva) do endividamento total das empresas privadas foi de 4,0%, mais 0,1 pontos percentuais (pp) do que o verificado no mês anterior”, com “a tva do endividamento total dos particulares aumentou 0,2 pp, para 0,7%”.

(Atualizado às 11h15)

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