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Energia Local investe 3,5 milhões de euros e prepara abertura em 2020 de três centros logísticos de biomassa

Esta operação “representa um investimento de 3,5 milhões de euros para uma capacidade de até 100 mil toneladas/ano de estilha (madeira). A Energia Local produz biomassa através da madeira proveniente da reconversão e reabilitação de áreas florestais.
19 Novembro 2019, 18h03

A Energia Local, empresa que apostou na conversão de centrais térmicas/vapor de combustíveis fósseis para biomassa proveniente de resíduos florestais e agrícolas, prepara a abertura em 2020 de três centros logísticos de biomassa – no Vale do Ave, Coimbra e na região norte de Lisboa, revela ao Jornal Económico, Jorge Raposo de Magalhães, CEO da empresa.

Esta operação “representa um investimento de 3,5 milhões de euros para uma capacidade de até 100.000 toneladas/ano de estilha e uma faturação de 4,5 milhões por ano em construção de pavilhões para armazenamento e secagem de estilha (área total de cerca de 40.000 m3) equipamentos florestais e camiões para distribuição de estilha”, diz a empresa que admite “esperar no primeiro ano uma meta de 25% deste volume .

O setor alvo é a indústria com necessidades de energia térmica, como sejam a industria têxtil e agroalimentar.

A biomassa florestal após a sua conversão em estilha é reutilizada na geração de eletricidade, principalmente em centrais de co-geração. A sua utilização está associada assim à redução do consumo de combustíveis fósseis.

A Energia Local é uma empresa privada fundada em 2012 que tem como maior acionista Jorge Raposo de Magalhães, com 55%, e João Ulrich Boullosa com 30%, o restante está disperso por dois pequenos acionistas. Esta empresa foi criada “para responder às crescentes necessidades de Portugal em termos eficiência energética”, diz a empresa. Os contratos de poupança de energia que estabelecem incluem uma ampla gama de tecnologias e fontes de energia – geotérmica, solar térmica e fotovoltaica, bombas de calor, biomassa, instalações de co-geração, explica a Energia Local

Jorge Raposo de Magalhães lembra que este investimento vem ao encontro das “políticas comunitárias e nacionais em que se reconhece a importância da biomassa como praticamente a única fonte de energia alternativa para térmica em contraponto à energia elétrica” e cita o ministro Matos Fernandes quando refere “uma nova visão que favorece a proximidade aos recursos e os consumidores de energia térmica, tornando mais eficiente e sustentável o uso da biomassa”.

A empresa sediada em Lisboa tem na Região da Madeira a sua unidade industrial de produção de estilha e no resto do país tem vários parceiros na fileira florestal.

Jorge Raposo de Magalhães aponta as vantagens da biomassa, como a “melhoria da eficiência na produção de energia térmica no sector industrial e de serviços; o facto de complementar sistemas de geração de energia térmica com outros como cogeração fotovoltaico; a redução substancial de custos e de emissões de CO2”. Para além da “inovação no modelo de produção e transporte de combustível”.

“O impacto na descarbonização e redução da dependência de combustíveis fosseis é já significativa pelos vários projectos instalados no sector hoteleiro (grupo Pestana, Reids, Vidamar) e industriais (fabricantes de cerveja, rações, têxtil) e com outros em curso no sector agro-alimentar”, explica ao Jornal Económico, Jorge Raposo de Magalhães.

 

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